Entidade organiza carnaval de cães e pede doações para animais abandonados
A Apipa - Associação Piauiense de Proteção e Amor aos Animais organizou neste 03.03.2013 o 2º Apipa Folia -, evento que visou, além do entretenimento dos animais de estimação e seus donos, arrecadar doações para centenas de bichinhos que vivem sob os cuidados dessa organização sem fins lucrativos. Seria prudente que as indústrias que lucram bilhões anualmente com o mercado de animais pudessem ser chamadas a colaborar de forma efetiva com esse tipo de iniciativa em todo o País
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Da Redação
Centenas de cãezinhos de todas as raças compareceram (com seus devidos donos) à avenida Raul Lopes, em Teresina, e participaram do 2º Apipa Folia, o carnaval fora de época para bichos de estimação organizado pela Apipa, entidade que faz um excelente trabalho de apoio a animais abandonados, principalmente cães e gatos. O belo Evento, além de visar entreter os animais e seus donos, objetivou também arrecadar doações em alimentos, remédios, dinheiro e outros utensílios para ajudar a manter essa entidade, que não tem fins lucrativos.
Mercado bilionário
Num país em que milhões de pessoas, incluindo crianças e idosos, ainda passam fome e amargam péssimos serviços de saúde e educação, não é de estranhar que milhares de cães e gatos sofram com o abandono e "vivam" pelo meio das ruas, daí a importância de entidades sérias como a Apipa. No entanto, enquanto pessoas e muitos bichinhos vivem abandonados, há um vigoroso mercado de animais que, só em 2012, faturou 14,2 bilhões de reais, segundo a Abinpet - Associação Brasileira da Indústria de Produtos para Animais de Estimação. Os bilionários faturamentos desse setor giram em torno de Pet Food (alimentação animal), Pet Care (cuidados pessoais), Pet Vet (serviços veterinários) e Pet Serv (serviços diversos). No ranking mundial desse grande negócio, o Brasil é o 2º colocado, só perde para os EUA.
Seria prudente que o governo federal, diante desse quadro, exigisse dos que têm altissimos lucros com o mercado de animais uma maior responsabilidade fiscal, no sentido de elevar progressivamente tributos para a construção de hospitais públicos para atendimento de bichos de estimação. E também para que se desenvolva uma campanha séria de controle de natalidade entre os bichinhos, em particular cães e gatos.
Entidades como a Apipa, sozinhas e apenas com pequenas doações, não conseguirão dar um tratamento mais digno aos milhões de bichinhos de estimação que povoam todo o país. Os tubarões do lucrativo mercado de animais devem ser chamados a dar contribuições mais efetivas.
