Aécio quer dar adeus aos concursos públicos

13/10/2014 20:05

Da Redação

Foto Aécio: Agência Brasil / Foto Gráfico: Brasil Debate

Segundo o IBGE, dez milhões de pessoas se preparam para disputar cargos públicos em concursos, enquanto há, só no governo federal e de acordo com o Ministério do Planejamento, 223.120 vagas e 131.526 servidores temporários. Aécio Neves, no entanto, quer é dar adeus aos concursos públicos, pois diz que no Brasil já há funcionários demais.

Uma de suas diretrizes para o que seria um Estado eficiente, posta em seu programa de governo, é a  "Transformação das administrações governamentais, tornando-as mais leves". Mais leves, na linguagem privatista do PSDB, significa menores, com menos servidores efetivos, com poucos ou nenhum concurso público. Não à toa, diz também pela mídia que vai extinguir 16 ministérios, o que na prática significa cortar muitos postos de trabalho e dificultar ainda mais a vida dos concurseiros que buscam uma vaga no setor federal.

Trocar os concursos pela terceirização

Uma outra diretriz para a administração pública, também posta no programa dos tucanos, é a "Ampliação das parcerias com o terceiro setor e o setor privado". Isto deixa ainda mais claro quais suas intenções nessa área: trocar os concursos públicos pelas terceirizações, através de negociatas com grandes empresários, rotineiros financiadores de suas campanhas eleitorais. 
 
Arrochar salários dos atuais servidores
 
Além de querer dar adeus aos concursos públicos, Aécio anuncia também mais arrocho ao funcionalismo federal existente. Declarou  que criará uma remumeração variável aos servidores, "baseada em meritocracia". Isto poria fim à isonomia salarial, prevista até na Constituição Federal. E meritocracia é só um artifício para excluir a quase totalidade dos funcionarios de ganhos reais de salários, e favorecer grupos minoritários, como a própria elite tucana, que pelas avaliações dela mesma sempre teria mais méritos que os outros. Talvez por isso é que Aécio diz ainda em seu programa que quer "gastar mais com o cidadão e menos com a máquina governamental". Oraum dos gastos da máquina governamental é justamente com os servidores efetivos  e concursados, que por essa diretriz não são cidadãos.
 
Todo o discurso tucano contra o excesso de funcionalismo não passa de mito, de quem não consegue enxergar nada além das privatizações. Nessa área, a comparação mais utilizada internacionalmente entre países é da quantidade de servidores por mil habitantes. E nela se comprova que de fato o Brasil precisa é de mais servidores públicos. Veja Gráfico organizado com dados da OIT: 
 
É obvio que Aécio e o PSDB se inspiram nos governos do PT para atacar  o funcionalismo público e os concursos. Em doze anos de governo, além de não promoverem via concursos o prechimento das milhares de vagas ociosas existentes, Lula e Dilma também arrocharam ainda mais os salários dos servidores.
 
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