Absurdo: Motorista da Educação é condenado judicialmente por defender salários dos professores
Inaceitável! Esse absurdo tem que ser contestado por advogados amigos que se disponham a combater tal injustiça
Por Jéssica Airão, professora - São Paulo
Tomei conhecimento por este Dever de Classe que durante uma longa greve do magistério de Teresina, em 2012, o senhor Francisco José da Silva (52 anos), conhecido como Chiquinho, se destacou na organização desse movimento e na defesa firme que fez de reajuste salarial para os professores da Rede Municipal da capital do Piauí. Chiquinho é lotado como motorista nessa Secretaria.
A greve foi bastante vitoriosa e os docentes de Teresina ganharam 24% de reajuste salarial, índice maior até que o previsto na Lei Nacional do Piso dos professores para aquele ano.
Em represália, por ter que ceder à luta dos servidores, o Secretário de Educação Municipal da época, senhor Paulo Machado, entrou com um processo contra Chiquinho, alegando que o mesmo o "caluniara" durante o movimento. Machado é empresário da rede privada de ensino.
Numa decisão claramente política, a "justiça" do Piauí acatou em setembro próximo passado as alegações do secretário Machado e condenou o motorista. Chiquinho, durante os próximos oito meses, está probido de frequentar bares, ausentar-se da cidade por mais de quinze dias e ainda tem que todo mês ir assinar uma frequência na sede da "justiça".
Inaceitável! Esse absurdo tem que ser contestado por advogados amigos que se disponham a combater tal injustiça. Pelo que Chiquinho informa no Dever de Classe, a atual diretoria do Sindserm-Te, ligada ao PSTU e Conlutas, se nega a defendê-lo.
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