Da Redação
A luta dos estudantes secundaristas de São Paulo contra o fechamento de escolas resultou numa vitória espetacular contra o governador Geraldo Alckmin, do PSDB. Após declarar guerra à garotada, o tucano viu sua popularidade despencar à medida em que o movimento resistia nas ruas e estabelecimentos de ensino à truculência da polícia e às ameaças da Secrertaria de Educação. Nem a grande imprensa venal, financiada com recursos públicos, conseguiu convencer a maioria do povo de que a política de Alckmin era correta.
Ao final de quase um mês de mobilizações, o arrogante governador teve que baixar a crista diante dos estudantes e revogar o seu projeto. Alckmin, desmoralizado, se viu ainda obrigado a demitir toda a cúpula fascista da Secretaria de Educação.
Esse episódio deve ficar na história como exemplo vitorioso não apenas dos embates travados pelo movimento estudantil. Ele é a prova de que é possível, sim, lutar e vencer forças aparentemente imbatíveis, como se mostrava Alckmin e seu PSDB no início do processo . E, sob esse aspecto, o engajamento e apoio de amplos setores da classe trabalhadora a essa luta foram também fundamentais para o seu êxito. A coragem de meninos e meninas, aliada à experiência dos movimentos sociais não poderia dar em outra coisa a não ser em vitória.
Que fique a lição. Numa época em que muitos se sentem desanimados para lutar, os secundaristas de São Paulo provaram que é possível não apenas lutar, mas sim lutar e vencer.
