Inflação cresce e prejudica mais os que ganham até cinco salários mínimos

10.12.15  08:14

Da Redação

Segundo divulgou o IBGE ontem (09.12), a inflação dos últimos 12 (doze) meses medida pelo IPCA (Índice de preços ao consumidor amplo) atingiu 10,48% em novembro. Esse alto índice é reflexo do aumento no custo de vida provocado pela crise e ajustes do governo, que elevou preços de serviços e produtos básicos, como alimentos, energia e combustíveis.

De acordo com técnicos do IBGE, o aumento nos preços em 2015, sobretudo no que se refere ao IPCA, ocorre por causa de reajustes contidos nos últimos anos. Esses reajustes não feitos, explicam os técnicos, tinham por objetivo justamente evitar o aumento da inflação... em anos eleitorais. A elevação da taxa inflacionária reflete também, ainda que indiretamente, os efeitos da desvalorização do real, ou seja, o dólar mais caro, o que encarece as importações.

Mais pobres pagam a crise

O IBGE divulgou também o Índice Nacional de Preços ao Consumidor (INPC), que subiu 1,11% em novembro. Em outubro, a alta foi de 0,77%. O resultado é o acúmulo de crescimento no índice inflacionário de10,28% no ano, e aumento de 10,97% em 12 meses. O INPC é o índice que mede a variação dos preços para as famílias com renda de um a cinco salários mínimos, ou seja, os menos aquinhoados da população. É a política da equipe econômica de Dilma levando ao encarecimento do custo vida aos mais pobres.

A saída para isso, em nossa opinião, é o governo decretar congelamento de preços. Por mais drástica que possa parecer, essa é a única linguagem que os grandes empresários entendem, sobretudo os do setor de supermecados, que se aproveitam da crise para elevar preços além da conta.

Além disso, Dilma deveria também adotar a política de salário mínimo de acordo com o que manda a Constituição Federal, tal como defende o DIEESE.

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