Professores e pais não devem bancar crimes do governo
Da Redação, com informações de Cíntia Medrado, Célia Silva, Plínio Correia e Flávio Meireles, via e-mail
O governador Geraldo Alckmin (PSDB) cortou ainda mais as já reduzidas verbas de manutenção das escolas estaduais de São Paulo e transformou o ambiente escolar em um verdadeiro caos. Falta até papel higiênico na maioria dos estabelecimentos de ensino. Um crime contra a população pobre que precisa da escola pública.
Além disso, o tucano cortou também a função de coordenador pedagógico nos poucos locais onde existia, congelou a evolução na carreira dos docentes e não pagou reajuste de 10,5% a professores aprovados em exame feito em 2014.
Segundo a professora Cíntia Medrado, "Alckmin quer que a categoria trabalhe no arrocho salarial e ainda banque, junto com os pais de alunos, os custos de manutenção das escolas. Deveria era ser afastado do governo e investigado pelo Ministério Público e pela Polícia Federal", desabafa.
Cíntia faz também duras críticas à direção da Apeoesp: "Esse pessoal não reage, fala em greve mais só no discurso. Como há muito tempo não sabem o que é uma sala de aula, não enfrentam com firmeza os crimes do governo", denuncia.
Os professores não podem e não devem financiar as irresponsabilidades do governo Alckmin. São Paulo é o Estado com o maior PIB do país. Tem muito dinheiro, portanto, inclusive verbas específicas para custear a Educação. Se os recursos financeiros não chegam nas escolas nem de forma devida nos salários dos professores, alguma coisa está errada.
A saída, a nosso ver, é a categoria partir para greve geral por tempo indeterminado.