Professoras denunciam militante da CSP-Conlutas e PSTU de praticar assédio moral

25/08/2013 13:14

A denúncia, gravíssima, já está na Delegacia da Mulher e vem de três professoras da Escola Camilo Filho, da Rede Municipal de Teresina-Pi. E é contra Renato Silva, militante da CSP-Conlutas e PSTU. Renato é também diretor dessa escola citada e membro da atual direção do Sindserm-The, sindicato que representa os servidores municipais, inclusive as docentes que ora o denunciam

Por Luzanildo Frazão, Maércio Maia e Landim Neto

As professoras municipais de Teresina Gilmara Gonçalves (Geografia), Rosângela Portela (Bloco), e Maria Lúcia (Matemática) denunciam o militante da CSP-Conlutas e PSTU Renato Silva, por prática de assédio moral. Renato é também diretor da Escola Camilo Filho (onde essas docentes trabalham), e dirigente do Sindserm-The, sindicato que representa os servidores municipais de Teresina. O caso já foi parar na Delegacia da Mulher.

Terrorismo

Segundo relatos das professoras, Renato Silva instalou um clima de Terror na Escola Camilo Filho. Sob o argumento de que "não pode contrariar o Secretário de Educação Kléber Montezuma" (PSDB), ele ameaça docentes e demais funcionários do estabelecimento de ensino com anúncios de corte de ponto e descontos de salários. E, muitas vezes na frente dos alunos, insinua que "os professores não querem trabalhar". Além disso, chama docentes e demais servidores individualmente em sua sala para lhes dar pressões psicológicas. Sua meta é que todos se enquadrem na política de arrocho da prefeitura de Teresina, que é dirigida por Firmino Filho, PSDB, e que tem no secretário Montezuma seu principal carrasco.

Auxílio médico e transferências

Devido à intensidade do terrorismo implantado por Renato Silva, a professora Gilmara Gonçalves teve que recorrer a um tratamento médico e atualmente toma medicamentos para enfrentar a situação. A pedagoga da escola, Regina Lúcia, não suportou os maus tratos e pediu transferência desse estabelecimento de ensino. Um funcionário terceirizado também não aguentou e foi embora. E não são poucos os que pretendem ir pelo mesmo caminho.

Reincidente

Não é a primeira vez que Renato Silva é denunciado por abusos e traições de classe dentro dessa escola que dirige. Durante a recente greve dos servidores municipais, ocorrida no primeiro semestre deste 2013, Renato, além de não contribuir com a organização do movimento, ainda deu pressões para que os professores não aderissem à paralização. Isto foi informado a diretores do Sindserm-The por docentes da escola. À época, Gervásio Santos, dirigente do PSTU e CSP-Conlutas, reconheceu publicamente que "isso era algo grave", vez que Renato é também membro eleito do Sindserm-The. Mas nada foi feito. Renato continua na direção do Sindicato, aterroriza professoras e ameaça processar ativistas que questionam essas suas práticas, como Zilton Duarte, dirigente do PSOL. Cobrado sobre o que fazer nessa atual situação, o mesmo dirigente Gervásio Santos alegou, cerca de dois dias após ser informado do caso, que "ainda não teve tempo de agir".

Aliás, sobre essa questão de o PSTU e CSP-Conlutas ignorar abusos cometidos em Teresina por seus militantes, em especial contra mulheres, recentemente foi denunciado aqui no Dever de Classe caso semelhante. Um dirigente dessas organizações, Sinésio Soares (foto), foi acusado de destratar recorrentemente várias diretoras do Sindserm-The (entidade presidida pelo próprio Sinésio), algo que foi inclusive filmado e postado em um vídeo no You Tube. Após analisar a questão, a direção do PSTU  disse em uma Nota que tudo não passava de "truncagem eletrônica", vinda do PSOL e PCO, e orientada por Landim Neto, do Dever de Classe, que teria sido inclusive, como está nessa Nota, expulso do próprio PSTU, por indisciplina. Ou seja, para proteger desvios graves de seus quadros, esse partido apela literalmente para a mentira e chama  edição de truncagem. Ou seja, faz que não vê a fala real, tal como ocorreu, de lutadoras de esquerda apelando a que a direção nacional do PSTU explique a seus comandados que  é um erro grave molestar mulheres.

Renato deve ser expulso da direção do Sindserm-The e afastado imediatamente da direção da Escola Camilo Filho

De acordo com o entendimento de vários dirigentes do Sindserm-The, Renato Silva deve ser imediatamente expulso da direção desse sindicato e afastado também com urgência da direção da Escola Camilo Filho. "O Renato, com essas práticas, quebra lamentavelmente o acordo feito com a categoria. Ou seja, de que o sindicato é para defendê-la dos ataques da PMT, e não para ser mais um algoz dos trabalhadores. Tem que sair imediatamente", declara a professora Ana Brito, da diretoria jurídica do Sindserm-The. "Não apoiamos quaisquer maus tratos aos trabalhadores, seja quem forem. Renato deve ser expulso do sindicato, afastado da escola e procurar algum tipo de tratamento médico", orienta Chiquinho Motorista, também dirigente do Sindserm-The.

Além da denúncia na Delegacia da Mulher, as professoras assediadas pretendem ainda entrar com ações no Ministério Público e exigir também da PMT, em particular do secretário Montezuma, que exonere Renato Silva da direção da Escola Camilo Filho. O fato de ter sido eleito não dá a Renato o direito de perseguir e aterrorizar seus próprios colegas de trabalho. O mais prudente seria que ele mesmo pedisse para sair.

E espera-se também, não com muito otimismo, que o PSTU expulse Renato de suas fileiras. Afinal, quem se veste com as bandeiras do trotskysmo (mesmo que indevidamente) não pode  ser cúmplice desse tipo de indisciplina cometida por Renato. Ou pode?

Renato Silva pode utilizar espaço neste site para divulgar sua versão dos fatos aqui elencados

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