Presidente nacional da OAB sofre derrota em causa de 100 milhões em precatórios de professores

09/03/2014 09:43

Da Redação

Cinco advogados contrataram o atual presidente nacional da OAB, Marcos Vinícius Furtado Coelho (foto), para defendê-los na escandalosa causa que envolve cerca de R$ 100 milhões, relativos a abusivos honorários advocatícios em precatórios de professores da Rede Estadual do Piauí. São eles: Luciano Paes Landim, Robertônio Pessoa, Paulo Meireles, Wendel Reis e Deusdete Mendes Ribeiro, este último já falecido. 

Os advogados, após acordos com a direção do Sinte-Pi, conseguiram que dos cerca de R$ 361 milhões do total a ser pago aos docentes, 27,5% fossem destinados a eles. Muitos professores reagiram e entraram com ações na justiça, sob a alegação principal de que os cinco advogados eram à época de início da ação (1993) funcionários contratados do sindicato, portanto já recebiam salários para defender a categoria. E ainda que qualquer honorário extra deve ser pago pelo Estado do Piauí, que perdeu a ação. Uma liminar foi concedida pelo juiz Edson Rogério, da 6ª Vara Cível de Teresina e os honorários foram suspensos.

Marcos Vinícius entrou então em cena e conseguiu derrubar essa liminar. Os professores recorreram, através de um advogado, Antônio Sarmento. O processo está agora na 3ª Câmara Cível do TJ-Pi e aguarda julgamento dos desembargadores Luiz Gonzaga Brandão, Edvaldo Moura e Augusto Falcão. Enquanto isso, os cinco advogados ficam impedidos de receber os milionários honorários, que estão sendo depositados numa conta da justiça, aguardando o desfecho do processo.

É preciso que a justiça do Piauí impeça que esses cinco advogados e seu defensor jurídico maior, o atual presidente nacional da OAB, consigam abocanhar de forma claramente ilegal o dinheiro dos professores. Muitos desses docentes passaram e passam muitas necessidades por conta dos governos não terem respeitado seus direitos à epoca em que entraram com ação na justiça. Alguns morreram, outros têm doenças graves e outros tantos estão com idades bem avançadas, a maioria mulheres. Assim, é injusto o que esses advogados e o "dr" Marcos Vinícius querem. Honorários, se tiver que ser pagos, deve ser pelo Estado, que, como os docentes enfatizam, perdeu a ação.

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