Prefeito tucano zera criminosamente salários de professores em Teresina

28/04/2013 11:32

Centenas de docentes receberam contracheques zerados na Rede Municipal de Teresina-Pi. Medida é do prefeito Firmino Filho, PSDB, como retaliação à greve que a categoria realizou recentemente. A ação, além de criminosa, é totalmente ilegal, vez que nem a justiça deu qualquer orientação nesse sentido. O agravante é que dirigentes do Sindserm-The, ligados à CSP-Conlutas e PSTU, "dificultam o empréstimo de dinheiro" do imposto sindical aos prejudicados, tal como anteriormente fora decidido em Assembleia-Geral dos servidores

Da Redação

Centenas de servidores municipais de Teresina-Pi receberam contracheques zerados neste mês de abril. Outros tiveram descontos que, em alguns casos, chegam a mais de 95%. A medida é de autoria do prefeito Firmino Filho, PSDB, como retaliação à recente greve realizada pela categoria. Tal ação, além de criminosa, é totalmente ilegal, vez que mesmo a "justiça" manipulada pelo prefeito deu qualquer orientação em relação a isso. No mês de maio a PMT também já havia feito a mesma coisa.

Situação muito delicada

"Não sei o que fazer, como pagar minhas contas e ajudar minha irmã", defabafa indignada a professora Hosiene Teodósio. "Esse prefeito é um irresponsável, desumano, quer é matar a gente de fome", declara muito revoltada também a professora Clenes. A situação beira ao desespero para muita gente.

Muito dinheiro nos cofres, zero de respeito ao funcionalismo

O revoltante nessa história é que o prefeito Firmino Filho, em quase 80 dias de greve, nunca se dispôs a dialogar com o funcionalismo. Sempre alegou falta de dinheiro, embora o Orçamento da Educação tenha praticamente dobrado, se compararmos valores de 2012 e os previstos para 2013. Leia e comprove. Há ainda o anúncio dos recursos extras do Fundeb autorizados no último dia 25.04.2013. Acesse a matéria e os valores que Teresina irá receber. "Assim, com tanto dinheiro em conta e sem pagar nem os 21% do Piso Nacional dos professores, por que ainda assaltaram os nossos salários?", indaga Luciana Monteiro, que também é docente.

Dirigentes da CSP-Conlutas e PSTU dificultam ainda mais a vida dos prejudicados

Outro fator ruim nessa situação é a postura no mínimo irresponsável de dirigentes do Sindserm-The, ligados à CSP-Conlutas e PSTU, que dificultam o empréstimo de dinheiro, oriundo do imposto sindical, às pessoas que tiveram seus salários cortados, embora essa ajuda tenha sido anteriormente aprovada em Assembleia Geral da categoria. "A CSP-Conlutas e PSTU não são donos do dinheiro do sindicato e têm que repassar os empréstimos aos servidores, tal como já foi decidido por todo mundo", declara Ana Brito (foto à esquerda), que é da direção do Sindserm-The. "Esse dinheiro tem que ser repassado no máximo segunda-feira" (29.04.2013), afirma o veterinário Zilton Duarte, também dirigente do sindicato. "O que é isso? A CSP-Conlutas e PSTU enlouqueceram, querem desrespeitar decisão de assembleia?", questiona a professora Albetisa Moreira.

Ações na PMT

Os servidores prejudicados e dirigentes do Sindserm-The planejam para os próximos dias ações na PMT, para obrigar o prefeito Firmino Filho a devolver o dinheiro que roubou da categoria. Espera-se que os gestores municipais recuem desse tipo de prática autoritória e entreguem os salários do funcionalismo.

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