Piso Nacional: professores podem conquistar os R$ 2.743,65 já para 2016

28/10/2015 11:49

Governadores e prefeitos de capitais manipularam, apenas em agosto e setembro de 2015, cerca de R$ 11 bilhões. Divulgue, discuta na sua escola, exija do seu sindicato. É perfeitamente possível aos educadores de todo o país conquistar o piso de R$ 2.743,65 já para 2016

Da Redação         Imagem: Agência Brasil

Bons argumentos não deixam margens para muitas contestações. É possível ao magistério conquistar o piso nacional de R$ 2.743,65 já para 2016, e não para 2018, como está em tramitação no Senado e Câmara dos Deputados. Veja:

1. Há dinheiro. Além dos recursos financeiros previstos para a Educação Básica nas leis orgânicas dos municípios e constituições estaduais, prefeitos e governadores manipulam ainda, todo mês, os milionários recursos do Fundeb. Além disso, a Lei do Piso já assegura um aporte de dinheiro aos estados e municípios que, comprovadamente, não podem pagar esse direito. E a partir de 2016, gestores vão contar também com 5% da arrecadação bilionária das loterias, para aplicação específica no Piso do Magistério. O projeto neste sentido é da senadora Vanessa Graziottin, do PCdoB do Amazonas. Ou seja, não falta dinheiro para que esse piso seja logo pago.

2. Forte organização sindical. Os sindicatos que representam os educadores em todo o país são no geral muito bem aparelhados. Contam com ótima assessoria jurídica e de imprensa, bem como muitos funcionários de apoio. Além disso, a maioria deles é filiada às também aparelhadíssimas Confederação Nacional dos Trabalhadores em Educação-CNTE e CUT, organizações nacionais com sedes em Brasília, São Paulo e outras grandes cidades. Essas entidades recebem dinheiro dos sintes de todo o país e, quando querem, têm altíssimo poder de fogo para enfrentar qualquer luta. Ou seja, os educadores têm ótima estrutura sindical nacional para organizá-los nessa questão da conquista do piso já para 2016.

3. Autoestima e valorização. Profissionais do Magistério da Educação Básica Pública ganham em média bem menos que outros setores do funcionalismo, inclusive de colegas com formação acadêmica inferior. Ou seja, lutar por esse piso de no mínimo R$ 2.743,65 já para 2016 é também uma questão de autoestima.

4. Apoio da opinião pública. Embora alunos e seus familiares fiquem um pouco chateados com as greves na Educação Pública, pesquisas espontâneas apontam que a maioria da população apoia as lutas dos educadores, inclusive em relação a essa questão do piso. E apoiam porque sabe que a causa é séria. Ou seja, o magistério não está só nessa luta.

Divulgue, discuta na sua escola, exija do seu sindicato. É perfeitamente possível aos educadores de todo o país conquistar o piso de R$ 2.743,65 já para 2016. Basta se organizar e lutar, inclusive através de uma grande greve geral nacional, se necessário.

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