Paulo Paim denuncia que projeto do senador Renan Calheiros estimula trabalho escravo

22/10/2015 11:48

"O projeto, de autoria do senador Renan Calheiros, é um retrocesso nas relações entre o empregado e o patrão, pois de cada dez empresas envolvidas em trabalho escravo ou análogo à escravidão, nove são de empresas terceirizadas. A cada cinco mortes no trabalho, quatro são de trabalhadores terceirizados"

Da Redação    Imagem: Beto Oliveira - Câmara dos Deputados

O senador Paulo Paim (PT-RS) denunciou em discurso no Plenário na última quarta-feira (21.09) que querem aprovar às pressas o Projeto de Lei da Câmara (PLC) 30/20015, que amplia as possibilidades de terceirização da mão-de-obra. Para o senador, esse projeto é uma ameaça terrível aos direitos dos trabalhadores. A medida é de iniciativa do senador Renan Calheiros (presidente do senado), que a apresentou através de uma tal Agenda Brasil, sob o "argumento" de que serviria para 'incentivar" a retomada do crescimento econômico e combater a famosa "crise".

Paim destaca que o trabalhador não deve pagar conta de crise. Para o senador, segundo o site de notícias do senado, "o projeto é um retrocesso nas relações entre o empregado e o patrão, pois de cada dez empresas envolvidas em trabalho escravo ou análogo à escravidão, nove são de empresas terceirizadas. A cada cinco mortes no trabalho, quatro são de trabalhadores terceirizados".

Segundo Paim, prossegue o site de notícias do senado, "muitos ministros do Tribunal Superior do Trabalho (TST) são contrários ao projeto. Ele disse que já discutiu a proposta em várias audiências nas assembleias legislativas de 17 estados, entre as quais Bahia, Minas Gerais, Paraná, Rio de Janeiro, Ceará, Paraíba e São Paulo. Em todas as audiências, informou Paim, foi elaborada uma carta com críticas ao projeto. O senador acrescentou que nesta quinta-feira (22) vai tratar do tema em Rondônia e, no dia seguinte, no Acre. A sequência de audiências sobre o tema vai até maio do ano que vem".

- Ouvindo a todos, vamos construindo nossa proposta. Eu fico tranquilo, pois o movimento contra esse projeto a cada dia se fortalece – afirmou Paim.

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