Ocupar e resistir

04/12/2015 13:10
Por Renato Uchôa (Educador)

Régua na mesa, lição na ponta da língua. Os olhos varriam a sala a cada som. O barulho do sino nos chamava para os embates depois do leite importado.  Esmola dos EUA em troca das riquezas do país. Estudar e brincar. Leite e sangue derramado. Milhares de torturados e mortos, centenas nunca encontrados. Uma cortesia da Ditadura Militar, tão a gosto dos Golpistas atuais da grife de Aécio, Agripino, Malafaia, Bolsonaro, FHC, golpistas de A a Z. na Aliança para o Progresso. Dos americanos que tratam qualquer país como um bordel de ponta de rua. É o noivo na oferta da aliança de ouro. Após o casamento suntuoso trata a mulher como uma escrava, algemada no fogão. A escola conservadora brasileira passou por vários toques de maquiagem, avanços e recuos, mais na essência conservadora: no ritual pedagógico, no material pedagógico, nas ideias pedagógicas que circulam nas instituições pedagógicas que cerceiam o conhecimento popular, o que fazem em sendo contra, rejeitar também as crianças provenientes das camadas subalternas. Até no centro da medula. Ninguém pode negar, as camadas populares têm  circulado com intensidade nos vários níveis e modalidades da educação, um aumento considerável  em pouco menos de duas décadas. Propiciado pelas políticas educacionais e outras, que permitiram o acesso, alguns problemas na permanência, mas, qualitativamente diferente no período Lula/Dilma do fracasso do pavão Fernando Henrique. O sociólogo genérico invejoso que quebrou o país literalmente. Dizem muitos. Não vale hoje um vintém de credibilidade. Na linguagem rica do popular não vale um peido de uma gata para a democracia brasileira. Pelo sim, pelo não, ninguém pode negar, não obstante as escolas com as deficiências seculares, ao contrário do Ditador Alckimin em São Paulo, que pratica uma política de terra arrasada em todos os setores, especificamente na educação, devemos seguir o exemplo dos estudantes e professores de lá, e não permitir o fechamento criminoso das instituições. A covardia e truculência do governo no espancamento e prisões dos estudantes e professores envergonha o mundo.  Envergonha no duplo sentido, negocia com o PCC... E trata os educadores assim com violência. A privatização de tudo é que norteia as gangues que dilapidam o patrimônio público. O PSDB de lá não vai fechar apenas as escolas, é um balão de  ensaio para quebrar literalmente o ensino superior público em São Paulo. Inclusive com a privatização da USP, Unicamp, Unesp, em situações de pires na mão. Uma profunda crise financeira. A USP, pelo andar da carruagem vai se transformar em uma Imobiliária vendendo imóveis para cobrir a bagaceira da incompetência na gestão Alckmin. A verba a ser destinadas às Universidades paulistas vai voar para um ninho tucano. O governo do PSDB vai calotear o percentual no Projeto de LDO (Lei de Diretrizes Orçamentárias), reduzindo as verbas para menos do que foi contemplado no ano de 2015. Grande parte dos paulistas continua com a moleira mole, juízo avariado, com sede: lama para beber, “água mineral de boa qualidade correndo no Rio Tietê”, escândalos em todas as estações do metrô, violência assustadora, escolas criminosamente sendo fechada, decadência do Estado em todos os setores. Mas, o prefeito Haddad tem feito um esforço para humanizar o espaço da capital São Paulo para que os zumbis possam, por um milagre, recuperar a consciência. Os povos de Minas com a expulsão de Aécio, e do Paraná no combate ao truculento Richa já apontaram o caminho. Os estudantes e professores com  um exemplo de luta e resistência podem mudar o estado de apatia da população de São Paulo, mostrando quem é o verdadeiro culpado pela decadência moral e econômica do Estado.

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