O verdadeiro lobo na pele de cordeiro

09/05/2011 07:10

Por *Esdras de Lima Nery. 

Reflexões sobre a morte de Bin Laden.

Osama Bin Laden, nasceu em 10 de março de 1957. É Filho de Muhammed bin Laden, imigrante iemenita pobre que se tornou o homem mais rico e poderoso da Arábia Saudita, depois do próprio rei.

Filho único de sua décima esposa, Hamida al-Attas; seus pais se divorciaram logo depois que ele nasceu (a mãe de Osama se casou com Muhammad al-Attas e o novo casal teve quatro filhos). 

Em 1973, jovem e inexperiente, entrou em contato com grupos islamitas. Após a invasão soviética do Afeganistão em 1979, viajou para este país para participar do esforço jihadista no Afeganistão, financiando e organizando grupos de árabes e acampamentos de milícias armadas no combate aos invasores soviéticos; com apoio financeiro e logistico dos EUA. Em entrevista em 2001, exibida no documentário Fahrenheit 9/11, de Michael Moore, o príncipe Bandar Bin Sultan, embaixador saudita nos EUA na época, afirmou ter conhecido Osama Bin Laden na década de 80, durante o citado conflito, quando o líder guerrilheiro veio lhe agradecer por toda a ajuda que a Arábia e os EUA estavam dando contra os soviéticos.

Posteriormente estabeleceu-se como importante investidor no Sudão, onde iniciou, em paralelo às suas atividades empresariais, a organização que mais tarde viria a se denominar Al Qaeda ("A Base"), originalmente destinada a combater a família real saudita, novamente com apoio americano. Bin Laden detestava os modos ocidentalizados, perdulários, corruptos e "pouco islâmicos" da família real. Tinha como objetivo alijá-la do poder e implantar no país a semente do que sempre sonhou - o novo califado islâmico.

No Sudão, em contato com outros grupos islâmicos, nomeadamente os de origem egípcia, foi gradualmente influenciado a ampliar o leque dos seus inimigos, passando a considerar também o combate ao xiitas, judeus e ocidentais de uma forma em geral, momento que se afasta dos americanos. Nesta mesma época passou igualmente a considerar o terrorismo como alternativa de ação válida, financiando, de forma inicialmente discreta, algumas ações na Argélia e no Egito.

Em 1995, após um atentado mal sucedido contra a vida do então presidente do Egito, Hosni Mubarak, o governo do Sudão, sob pressão dos países árabes, expulsou-o do país, não sem antes apropriar-se do seu patrimônio, delapidando as suas empresas e fazendas. Bin Laden foi então para o Afeganistão, quebrado, com as esposas e um grupo reduzido de seguidores fiéis. Nesta ocasião foi renegado pela família e perdeu a cidadania saudita.

No Afeganistão, sem as condições financeiras de outrora, passou a dedicar-se integralmente à causa islâmica, reconstruindo gradualmente a organização, unindo esforços com outros grupos islâmicos refugiados no país (destaque para o grupo egípcio "Al Jihad", liderado por Ayman al-Zawahri, que viria a se tornar o braço-direito de Bin Laden).

Na caça cada vez mais delirante aos "infiéis", elegeu então os Estados Unidos como o grande inimigo a ser combatido - "a força maior dos cruzados". Aproximou-se dos Talibãs, grupo ironicamente financiado pelos Estados Unidos da América e Arábia Saudita. Tornou-se amigo e confidente do seu chefe, o Mulá Omar.

Desta forma, como os EUA criaram, treinaram e alimentaram o monstro que mais temiam; cabia a este governo, como conhecia a fera de perto, elimano-lo; no caso in loco, o mesmo foi executado sem direito a defesa e ao justo julgamento pelos crimes que cometeu!

Ao analisarmos a recente historia mundial, encontra-se o maior terrorista do mundo; que não mede esforços para alcançar os seus objetivos (politicos, ecomomicos, financeiros e militares) subjugando inumeras nações, por meio de seu poderio economico e/ou militar, tramando golpes de estado, interferindo na soberania dos paises e matando inumeros inocentes; este terrorista é o EUA!!!

Veja alguns dos crimes e atentados praticados por ele:

a) Os Bombardeamentos Atômicos de Hiroshima e Nagasaki. Historicamente, estes são até agora os únicos ataques onde se utilizaram armas nucleares. As estimativas, do primeiro massacre por armas de destruição maciça, sobre uma população civil, apontam para um número total de mortos a variar entre 150 mil em Hiroshima e 80 mil em Nagasaki, (vitimas diretas) sendo algumas estimativas consideravelmente mais elevadas quando são contabilizadas as mortes posteriores devido à exposição à radiação, podendo-se chegar a 1,5 milhão de vitimas, fora os danos ambientais. Este numero, pode aumentar ainda, pois as crianças e adolescentes daquela época ainda sofrem com os efeitos da radiação; bem como os filhos destes. A maioria dos mortos eram civis.

A escolha dos "Alvos" foi feita a partir de interesses militares, mas sobretudo de cunho político-econômico, pois Hiroshima e Nagasaki eram as regiões mais desenvolvidas industrialmente do Japão na época, e com a chegada do fim da Segunda Guerra, o Japão seria a única potência que poderia desequilibrar o fluxo de capitais e mercadorias, por isso se escolheu estes como alvo. Além de mostrar para a União Sovietica o poderio belico americano.

b) Em 1965, os Estados Unidos enviaram tropas para sustentar o governo do Vietnã do Sul, que se mostrava incapaz de debelar o movimento insurgente de nacionalistas e comunistas, que se haviam juntado na Frente Nacional para a Libertação do Vietname (FNL). Entretanto, apesar de seu imenso poder militar e econômico, os norte-americanos falharam em seus objetivos, sendo obrigados a se retirarem do país em 1973 e dois anos depois o Vietnã foi reunificado sob governo socialista, tornando-se oficialmente, em 1976, a República Socialista do Vietnã.

O total de vítimas da Guerra do Vietnã entre os anos de 1964 até 1975 é impreciso, oscilando entre 1 milhão e meio a dois milhões de vietnamitas mortos, entre civis e militares. Parte considerável da população economicamente ativa do país morreu durante o conflito. Este fato provocou uma grave crise econômica nos anos seguintes ao término do conflito. Morreram aproximadamente 54.000 soldados estado-unidenses até a retirada dos Estados Unidos do conflito em 1973.

Apesar de proscritas pelas Convenções de Genebra, armas químicas foram fartamente usadas pelos EUA, durante a Guerra do Vietnã. A mais conhecida delas foi o Napalm, uma mistura de gasolina com uma resina espessa da palmeira que lhe deu o nome e que, em combustão, gera temperaturas a 1.000 °C. Se adere à pele, queima músculos e funde os ossos, além de libertar monóxido de carbono, fazendo vítimas por asfixia.

Além do Napalm, o exército norte-americano despejou sobre o Vietnã, desde 1961 (com a aprovação do presidente John Kennedy) até 1971, cerca de 80 milhões de litros de herbicidas. Entre eles, o mais utilizado, devido à sua terrível eficácia, foi o Agente laranja, que é uma combinação de dois herbicidas: o 2,4-D e o 2,4,5-T, sendo que a síntese deste último gera um subproduto cancerígeno, a Dioxina tetraclorodibenzodioxina, considerada uma das substâncias mais perigosas do mundo [10]. FA O impacto ecológico do uso dessas armas químicas foi catastrófico para a cobertura vegetal e para a população que habitava a região.

Mais de 40 anos depois da guerra, a dioxina produzida pelo Agente Laranja continuava biologicamente ativa. E, atualmente, as concentrações encontradas em várias regiões do Vietnã superam em 400 vezes o limiar de toxicidade, conforme evidenciado pela Canada Hatfield Consultants.

A dioxina foi culpada pela alta incidência de doenças de pele, malformações genéticas, câncer, incapacidades mentais e outros problemas que afetam a população vietnamita (e ex-militares dos EUA). Milhares de crianças nasceram com problemas de pais que não foram expostos ao herbicida durante a guerra, mas que comeram alimentos contaminados por ele. Como de praxe, a maioria das vítimas pertence às famílias mais pobres.

Em 2005, a Associação Vietnamita do Agente Laranja moveu uma ação judicial contra as companhias químicas norte-americanas produtoras do Agente Laranja. Mas o juiz federal, Jack Weisntein, não acolheu a queixa, alegando que não havia, nos autos do processo, "nada que comprovasse que o Agente Laranja tenha causado as doenças a ele atribuídas, principalmente pela ausência de uma pesquisa em larga escala".

Curiosamente, em 1984, uma ação judicial movida por veteranos de guerra norte-americanos contra as mesmas companhias, pelos mesmo motivos, resultou em um acordo de 93 milhões de dólares em indenizações aos soldados.

c) A Guerra da Coreia foi travada entre 25 de Junho de 1950 a 27 de Julho de 1953, opondo a Coreia do Sul e seus aliados, que incluíam os Estados Unidos da América e o Reino Unido, à Coreia do Norte, apoiada pela República Popular da China e pela antiga União Soviética. O resultado foi a manutenção da divisão da península da Coreia em dois países. Em 1950, cinco anos e meio depois de vencer a Alemanha Nazista principalmente no front oriental russo em pleno inverno rigorosíssimo, os Estados Unidos e a União Soviética, ex-aliados, entram em conflito pelo controle da Coreia, uma nova zona de influência comercial e territorial, arriscando provocar uma terceira guerra mundial. Na guerra coreana morreram cerca de três milhões de pessoas.

d) India x Paquistão: A Índia e o Paquistão estão atualmente à beira da guerra. O conflito é apresentado pela mídia como se referisse apenas a disputa pelo território da Caxemira. Contudo, o papel da política externa dos EUA na alimentação deste conflito é sistematicamente ignorado. Desde o fim da guerra fria, Washington contribui deliberadamente — através de operações de inteligência — para atiçar o conflito indo-paquistanês. No rastro do 11 de Setembro, em meio a novos ataques terroristas e tumultos étnicos na Índia, desenvolveram-se condições que favorecem o desencadear da guerra entre os dois países.

Os planejadores militares e de inteligência dos EUA certamente analisaram as ligações entre estes vários teatros de guerra. As operações de inteligência na região mais vasta são cuidadosamente coordenadas. A evidência confirma que as mesmas insurreições patrocinadas pela CIA — utilizando o ISI do Paquistão como intermediário — em apoio de grupos islâmicos são executadas num grande número de países.

É importante entender os antecedentes do conflito indo-paquistanês e a história das operações de inteligência patrocinadas pelos EUA no sub-continente indiano, canalizadas através do ISI, o serviço de inteligência militar do Paquistão.

Com o patrocínio da CIA, desde a década de 1980 o ISI apoia a várias insurreições secessionistas islâmicas na Caxemira indiana. Embora oficialmente condenadas por Washington, estas operações encobertas do ISI foram empreendidas com a aprovação tácita do governo dos EUA.

 Os ataques terroristas de 2001 ao Parlamento indiano — os quais contribuíram para conduzir a Índia e o Paquistão à beira da guerra — foram executados por dois grupos rebeldes com base no Paquistão, o Lashkar-e-Taiba ("Exército dos Puros") and Jaish-e-Muhammad ("Exército de Maomé"), ambos apoiados camufladamente pelo Inter-Services Intelligence (ISI) do Paquistão.

 O poderoso Council on Foreign Relations (CFR), que desempenha um papel nos bastidores na formulação da política externa dos EUA, confirma (num documento interno) que os grupos Lashkar e o Jaish são apoiados pelo ISI: "por meio da sua agência Interservices Intelligence (ISI), o Paquistão forneceu financiamento, armas, instalações de treinamento e ajuda no cruzamento de fronteiras para o Lashkar e o Jaish.

Em fins de 1998 a Rússia assinou um "acordo de cooperação militar a longo prazo" com a Índia, o qual foi seguido no princípio de 1999 por um acordo de defesa entre a Índia e a França. O acordo entre Delhi e Paris incluiu a transferência de tecnologia militar francesa, bem como investimentos de multinacionais francesas na indústria da defesa da Índia. Estes incluem instalações para a produção de mísseis balísticos e ogivas nucleares, em que as empresas francesas têm perícia.

Este acordo franco-indiano tem uma influência directa nas relações indo-paquistanesas. Ele também entra em choque com os interesses estratégicos americanos na Ásia Central e do Sul. Enquanto Washington tem estado a despejar ajuda militar dentro do Paquistão, a Índia está a ser apoiada pela França e pela Rússia.

Enquanto a França e os EUA parecem estar em lados opostos no conflito indo-paquistanês, a França também fornece equipamento militar ao Paquistão, em concorrência com os produtores de armas dos EUA. De uma forma geral, este conflito significa milhares de milhões de dólares de lucros para os fornecedores de armas da Rússia e do Ocidente. Em relação a isto, a política externa dos EUA é montada de forma a assegurar um mercado para os produtores de armas dos Cinco Grandes, agora aliados com os sistemas da British Aerospace, contra os seus concorrentes franceses e russos.

e) A guerra no Afeganistão é marcada pela militarização de toda a região central asiática com tropas dos EUA estacionadas em várias das antigas repúblicas soviéticas. Junho de 2010 foi o mês mais mortal desde a invasão americana, em 2001, com 102 militares mortos.

f) A Administração Bush apoiou Israel na invasão da Palestina com um plano secreto denominado “Operação Vingança Justificada”. Esta operação procurava destruir a Autoridade Palestina. Pode ter ocasionado a morte de 80 a 100 mil palestinos.

g) Washington com o engodo da existência de armas nucleares; invadiu o Iraque, passando por cima das determinações da ONU; visando se apoderar das reservas de petróleo desse país. Entre cem mil e 150 mil vítimas civis é o balanço de três anos e meio de guerra no Iraque feito pelo ministro da Saúde iraquiano, Ali al-Shemari.

h) A prisão de Guantanamo em Cuba, milhares de pessoas presas, mantidas em cárcere privado; sem: a) provas, b) acusação e c) julgamento; uma total ofensa a Carta das Nações Unidas e ao Pacto de São José da Costa Rica. O que é engraçado é que critica a China pela forma que trata os seus prisioneiros. 

i) Recentemente sobre o pretexto de está protegendo a democracia, a dignidade da pessoa humana, o pluralismo politico, a liberdade de impressão e de opinião e o direito a liberdade; invadiu a soberania da Líbia, interferindo na politica local; confiscando inclusive o patrimônio de Kadaf; mas na verdade como todos sabemos ele está de olho é no petróleo e nas riquezas desse país.

j) Segundo alguns jornais internacionais a Casa Branca está analisando a questão da Síria (os atentados contra os direitos humanos) onde inclusive, medidas enérgicas devem ser tomadas.

h) Com relação ao Brasil, podemos citar o incentivo ao golpe militar, e recentemente a sua proposta de torna a floresta amazônica uma área internacional, uma vez que ela é o pulmão do mundo (mentira deslavada) e que estaria com isso protegendo o meio ambiente (uma vez que os países sul-americanos, não possuem condições de proteger a floresta) o direito a vida e a dignidade das futuras gerações. 

Desta forma do exposto, conclui-se que Osama Bin Laden ao longo de sua vida participou de três atentados (Atentados de 7 de agosto de 1998; Atentado de 12 de outubro de 2000; Atentados de 11 de setembro de 2001) tendo o total de vitimas de 26 mil pessoas inocentes. Contudo os EUA sozinhos ou com a ajuda de seus aliados MATARAM 4 MILHÕES E 350 MIL INOCENTES; visando apenas o avanço de sua economia (camuflando de democracia). Assim, fazem-se as seguintes perguntas: Quem é mesmo o terrorista a ser combatido? Quem vai julga-lo? Por que a ONU se curva diante de suas vontades? Onde está o Tribunal Penal Inernacional que não atua?

*Esdras de Lima Nery, é advogado, professor, biólogo, especialista em Direito Constitucional e Biologia Parasitária

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