O sindicato dos trabalhadores em educação precisa de renovação

01/06/2013 11:02

Recebemos o artigo que transcrevemos na íntegra abaixo. Embora o Dever de Classe esteja chamando o voto NULO nas eleições 2013 do Sinte-Pi, abrimos espaços para quem quiser divulgar qualquer uma das chapas nesse processo eleitoral

Chapa 2 - Resgatar o Sinte-Pi

Por Paulo Sérgio Santos Rocha*

No próximo dia 18 de junho acontecerá a eleição da nova diretoria no Sindicato dos Trabalhadores em Educação Pública do Piauí (SINTE). A disputa terá duas chapas, a da situação, encabeçada pela atual presidente, Odeni de Jesus e a da oposição que tem como candidata a presidente a professora Núbia e vice o professor Hallysson que já foram candidatos e nessa eleição decidiram se unir com outras forças oposicionistas para tentar derrotar o atual comando que está há mais de 20 anos no poder. É necessário uma renovação nos quadros do sindicato, pois, existe um desgaste nas decisões do mesmo e a insatisfação dos trabalhadores está muito grande.

Percebe-se que não houve um incentivo no surgimento de novas lideranças na atual diretoria do (SINTE), são as mesmas pessoas na chapa 1,  o que houve foi uma troca nos cargos de direção, já que, nessa situação, os diretores podem ser reeleitos mais de uma vez, de modo que, sem renovação  observa-se uma acomodação dos dirigentes sindicais. Na chapa 2 – resgatar o (SINTE) pela base -, é composta por pessoas que nunca participaram dos cargos de direção e sempre estiveram defendendo os direitos da categoria.

Como está há muito tempo no poder, vê-se, que o principal objetivo do sindicato, que é defender a categoria foi deixado de lado como a perda de direitos na mudança do último plano de carreiras, na questão dos precatórios, em que o trabalhador terá que pagar 27,5% de honorários advocatícios, o que é contestado por alguns servidores, já que o sindicato tem uma assessoria jurídica paga para resolver essa demanda, ainda mais, a condução da greve em 2012 onde o governo incorporou a regência dos professores e propôs o parcelamento do reajuste do piso em 04 parcelas. Como o sindicato não foi capaz de conduzir o movimento, decidiu acabar com a greve sem o consentimento da maioria dos professores da capital, onde a greve estava mais forte. A chapa 2 propõe um plano de lutas para resgatar os direitos dos trabalhadores ouvindo a base do sindicato que é quem fortalece a luta.

Portanto, é importante que todos os trabalhadores em educação tenham consciência na hora de votar em novas lideranças que já mostraram que estão ao lado dos trabalhadores. A chapa 2 defende melhores condições de trabalho e salariais para todos os servidores incluindo os funcionários de escola, especialistas, técnicos, motoristas, vigias, merendeiras entre outros, não pagamento de 27,5%  de honorários na questão dos precatórios, redução da carga horária como manda a lei do piso, um novo plano de carreiras que resgate os direitos perdidos, volta da regência, férias proporcionais de 45 dias, transparência nas contas do sindicato, pois, o servidor  tem o dever de saber o que é gasto com sua contribuição. Só assim, votando na chapa 2 o trabalhador em educação terá um sindicato democrático, que consultará a base nas tomadas de decisões e que lutará pelos seus direitos.

*Paulo Sérgio Santos Rocha é professor da rede municipal de Teresina e estadual do Piauí.

Ler também: Por que os professores estão insatisfeitos com o sindicato  

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