O piso dos professores e a fantasiosa greve nacional da CNTE e CUT

09/03/2014 12:57

Da Redação

A CNTE e a CUT chamam para os dias 17, 18 e 19 deste mês de março uma fantasiosa "greve" geral dos professores em todo o país. Pauta principal: Piso Nacional do Magistério, que desde janeiro último era para ter sido reajustado em no mínimo 19%, percentual bem diferente dos 8,22% impostos pelo governo Dilma (PT) e seus aliados em todo o Brasil. 

Na prática, essas organizações governistas querem, mais uma vez, criar ilusões na categoria que deveriam representar com seriedade e decência. Elas sabem, pela longa experiência que têm, que esse tipo de paralisação no máximo serviria apenas como uma advertência para alertar os governos a cumprir a Lei Nacional 11.738/2008, que instituiu esse piso dos educadores. E, nesta situação, paralisação de três dias já deveria ter ocorrido. A partir de 17 de março, o que a CNTE e a CUT deveriam organizar era uma grande Greve Geral por Tempo Indeterminado (GGTI) em todos os estados e  municípios brasileiros, caso o piso não tivesse sido reajustado como manda a Lei, ou seja, em 19%, que na prática foi o que ocorreu. Greve de três dias até os bobos sabem que é vassalagem pura, tudo combinado com os governos, em particular com o Planalto Central, para não arranhar a candidatura da presidenta Dilma, hoje principal responsável pelos sucessivos golpes no piso dos professores.

Cinismo e governismo

Em seu site, a própria CNTE expõe as já surradas manobras do governo federal e de governadores e prefeitos para burlar e maquiar a Lei do Piso todo ano. O tal "parecer" ilegal do MEC é uma. Ora, se essa organização, que congrega a ampla maioria dos sindicatos do magistério em todo o país, sabe que sua base vem sendo roubada sucessivamente pelos governos, por que então se nega a organizar uma forte greve geral por tempo indeterminado em todo o país? Por que então continua com a política inócua de paralisação com data marcada para morrer? É muito cinismo e governismo juntos.

Passar por cima das direções pelegas

Embora se saiba que não é tarefa fácil, os professores de todo o país precisam começar a refletir sobre a necessidade de passar por cima de direções governistas, como as da CNTE e CUT, e empreender lutas mais consequentes, como uma greve geral por tempo indeterminado. Guardadas as devidas e necessárias proporções, os garis do Rio de Janeiro deram um belo exemplo de que isso não é impossível de acontecer.

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