Novo Plano do governo é um golpe contra os professores

08/02/2015 16:32
Da Redação, com informações de Lúcia Talles Alvarenga, via e-mail      Foto: governador Raimundo Colombo - Agência Brasil

O novo Plano de Carreira que o governador de Santa Catarina Raimundo Colombo (PSD) quer impor aos professores traz muitos prejuízos aos docentes. Por conta disso, grande parte da categoria fala até em greve geral contra esse golpe do governo.

"Não podemos aceitar essa imoralidade, esse golpismo do governo contra nossos direitos. Se a coisa não mudar, devemos partir para a greve", opina a professora Lúcia Alvarenga, de Florianópolis. 

Só ataques

Dentre os principais ataques contidos no novo Plano, está a exclusão na tabela salarial do nível com formação de magistério (médio), que é justamente a referência do Piso Nacional dos professores. "Ao excluir esta referência, ele não precisa mais pagar o percentual do piso nacional, por isso é um GOLPE", denuncia Marta Vanelli, dirigente da CNTE, no blog do Moacir Pereira.

Lembrando que de acordo com o que está na Lei do Piso (11.738/2008), estados e municípios já deveriam ter reajustado em no mínimo 22,97% os salários-base de todos os professores da educação básica pública do país, desde primeiro de janeiro de 2015.

Ainda em relação aos ataques, Vanelli alerta também que "um/a professor/a para chegar ao final da carreira vai trabalhar mais de 40 anos". Ou seja, Colombo quer que os docentes trabalhem quase meio século para conquistar uma promoção maior. Um absurdo

O Plano condiciona também a Progressão Horizontal aos critérios de tempo e realização de 200 horas de cursos aprovados pela SED. Quem não tiver as 200 horas, não progride na carreira. É mais uma manobra para impedir ou dificultar o crescimento funcional.

A categoria rejeita esse Plano golpista do governador. É preciso, como já inclusive opinam muitos docentes, partir para a mobilização (até com greve geral, se necessário), no sentido de se aprovar um Plano de Carreira que atenda aos reais interesses da categoria e não os ímpetos golpistas do governador Colombo. 

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