Municipais de Teresina em greve podem pedir prisão de prefeito tucano fora da lei
Os municipais de Teresina, em greve há cerca de 40 dias, decidiram hoje (26.03.2013) manter a paralisação e podem pedir a prisão do prefeito Firmino Filho, PSDB, que se nega a repor as perdas salariais de 46,97% da categoria e não cumpre sequer a Lei do Piso dos professores e várias outras reivindicações legais do funcionalismo. Os servidores questionam ainda a decisão da Justiça Estadual, que decretou a ilgalidade da greve ouvindo apenas as alegações falaciosas da prefeitura
Da Redação
Os servidores municipais de Teresina, em assembleia geral realizada hoje, 26.03.2013, decidiram manter a greve geral que iniciaram há cerca de 40 dias. A categoria continua firme na defesa de suas revindicações, que têm como eixo principal a luta pela reposição das perdas salariais históricas de todo o funcionalismo, na ordem de 46,97%.
Prefeito ilegal dever ir para a cadeia
O prefeito Firmino Filho, PSDB, em vez de negociar de forma séria com os servidores, fez foi pedir a ilegalidade da greve e autorizou descontos ilegais e imorais nos contracheques de vários membros da categoria. O fato gerou mais revolta e motivou ainda mais a continuidade da paralisação, principalmente porque o prefeito se nega a cumprir o reajuste legal de 21% no piso dos professores, desrespeita o HP previsto em Lei para os docentes, não paga o Piso Nacional dos radiologistas e mantém funcionários ganhando menos do salário mínimo como piso salarial. "É preciso pedir a prisão desse prefeito fora da lei, declarou o professor Airton Vasconcelos", indignado.
Justiça?
Os servidores questionam também o desembargador Fernando Mendes (foto), do TJ Piauí, que decretou a ilegalidade da greve ouvindo apenas as versões falaciosas da prefeitura. "Ora, como é que o prefeito não paga sequer o Piso legal dos professores, deconta salários de forma criminosa e a categoria é quem está ilegal? Desse jeito, quem vai acreditar nesse tipo de justiça?", afirmou a professora Albetisa Moreira, dirigente do Sindserm-The.
Greve forte
A professora Ana Brito (foto), umas das principais lideranças do movimento, fez um relato minucioso da adesão à greve e provou que a paralisação continua muito forte. "Dezenas de locais de trabalho continuam parados, outros funcionam precariamente. Estamos no caminho certo, devemos intensificar a mobiização", concluiu.
Ações na justiça
A direção do Sindserm-The já preparou ações para contestar o pedido de ilegalidade, bem como para que o prefeito Firmino Filho devolva imediatamente o dinheiro surrupiado dos contracheques de vários grevistas.
Para os próximos dias, várias atividades estão programadas para fortalecer a luta. A PMT precisa descer do pedestal e negociar de forma séria com os municipais de Teresina.