Monstros: Netanyahu, Kim Jong-un e al-Baghdadi

24/10/2015 21:50
Por Deusval Lacerda de Moraes, Economista, Teresina-Pi    Imagem: www.telegraph.co.uk

A História Contemporânea mostrou os horrores da Segunda Guerra Mundial quando os inocentes judeus foram confinados em campos de concentrações nazistas e que foram trucidados quase seis milhões deles em Holocausto que deixou a humanidade perplexa. Fato que criou o Estado Judeu pela Organização das Nações Unidas (ONU) em 1948, interrompendo a diáspora e provocou o retorno dos israelitas à Judéia.

Percebe-se a dificuldade histórica dos hebreus em relacionar-se com os vizinhos e nunca viveu em harmonia e, assim, viola sistematicamente as resoluções da ONU sobre a paz.

Em 2002, por exemplo, o mundo assistiu à invasão das tropas do general Ariel Sharon, então premiê de Israel, dos territórios que formam o Estado Palestino – Cisjordânia, Faixa de Gaza, Colinas de Golã e Jerusalém Oriental – em crime contra a humanidade. Bombardeou, inclusive, a Igreja da Natividade, em Belém, onde nasceu Jesus.

A Santa Sé respondeu: “Raramente a história tem sido violentada com tanta rudeza e arranhada pela vontade de ofender a dignidade de um povo. O que está acontecendo configura-se em ataques contra pessoas, território, lugares santos: a terra de Jesus Cristo é profanada a ferro e fogo, vítima de uma agressão que se converte em extermínio”.

Ariel Sharon ganhou fama quando, em 1982, comandava as tropas judias que invadiram o Líbano e proporcionaram um dos maiores massacres da história, matando todas as crianças, velhos e velhas nos bairros de Sabbra e Chatilla, em Beirute. O carniceiro Ariel Sharon sofreu derrame cerebral em 2005, padecendo em estado vegetativo durante oito anos, e faleceu em janeiro de 2014.

Com Sharon fora de cena, chega ao poder, em 2009, outro linha-dura, Benjamim “Bibi” Netanyahu (foto), que já havia fracassado no governo de Israel no período de 1996-1998.

Como em Israel só é bom político quem massacra os palestinos, em meados de 2014 ele desfechou o ataque militar contra a Faixa de Gaza. A desumanidade contra as crianças atingiu o paroxismo que artistas transformaram fumaças das explosões dos bombardeios em obras de arte, por retratarem os rostos de crianças na escuridão da morte.

Como a sanha bélica dos judeus não tem medida, o exército de Netanyahu aprontou outra indignidade. No último dia 29, foram difundidas imagens pela ONG Against Settlements (juventude contra os assentados) de mais uma covardia perpetradas pelos militares israelitas quando executaram em Hebron, na Cisjordânia, a jovem Hadeel al-Hashlamon, de 18 anos, que aparece nas fotos indefesa e cercada por seis militares e depois com o corpo no chão crivado de balas. Fotos realizadas pelo brasileiro Marcel Leme que estava na região como observador dos direitos humanos. 

Mais medonho ainda é o déspota da “dinastia comunista” da Coréia do Norte, Kim Jong-un. País que vem sufocado desde 1948, com as ditaduras do seu avô, Kim Il-sung, e do seu pai, Kim Jong-il. São quase setenta anos de hediondez, brutalidade e crueldade praticadas contra o seu tiranizado povo.

Kim Jong-un é um jovem transformado em equipamento-mecânico governativo que, desde dezembro de 2011, quando assumiu o governo herdado da Coréia do Norte, inventa métodos atrozes de morte dos seus subjugados. E chegou ao ápice a execução do seu apaniguado e ex-ministro da Defesa por meio de disparo de canhão antiaéreo.

Terceiro, vem a figura sinistra de Abu Bakr al-Baghdadi. É difícil a condição humana forjar gente pior do que os acima referenciados, mas al-Baghdadi é a encarnação do mal maior na terra. É de ruindade imensurável. É ser humano vil, abjeto, satânico. O homem não pode ser provido de tanta maldade e perversidade como esse verme iraquiano.

Após se autoproclamar, em junho de 2014, como Estado Islâmico (EI), o grupo militarista e extremista Tawhid wal-Jihad – especialista em combinar táticas de guerra convencional, guerrilha, terrorismo e propaganda – anunciou a criação de um califado transnacional, com autoridade religiosa, política e militar sobre todos os muçulmanos do mundo. O núcleo desse estado, controlado por al-Baghdadi, já deixou de ser um perigo regional – restrita a Síria e ao Iraque. Com conquistas na Líbia e no Egito, além de ataques terroristas fora do seu domínio, ele se expande cada vez mais, com a pretensão de se tornar um califado (poder) global.

O Estado Islâmico recebe apoio de vários grupos terroristas sunitas insurgentes. E é particularmente violento contra muçulmanos xiitas, assírios, cristãos armênios, yazidis, drusos e cristãos coptas egípcios. Seus métodos de assassinato são os mais selvagens e pavorosos possíveis, como afogamento em jaula, queimado vivo, degolado, jogado de prédio, tiro na nuca e explosão humana sobre minas terrestres.

É uma organização jihadista no Oriente Médio. Por isso, sem volta. Os seus membros são verdadeiros belzebus na vida terrena, que desejam estabelecer jurisdição política-religiosa obscurantista medieval, sem jamais respeitar qualquer conquista civilizacional e espiritual da humanidade. E al-Baghdadi representa tal psicopatia governamental no planeta por reduzir os subordinados à idiotia oriunda da sua vontade sanguinária.

Eis, pois, os três “líderes” políticos de mentes cavernosas que são capazes de cometer aberrações inomináveis contra os povos, inclusive vitimando seus próprios governados, em nome do açambarcamento do poder. E mesmo assim querem se apresentar ao mundo como dirigentes à altura de serem protagonistas do que há de mais legítimo, moderno e zeloso na condução dos estados, quando, na verdade, são empecilhos emancipacionistas por arraigarem estruturas arcaicas obscurantistas em contraponto às próprias evoluções naturais das gentes e das nacionalidades.

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