Por Madalena Nunes, militante do PSOL e dirigente do Sintrajuf-Pi e Fenajuf, especial para o Dever de Classe
Ao contrário do que divulgam os governos de plantão e ricos empresários, todos machistas e que se escondem por trás de falsas flores para manter seus lucros ou seus governos autoritários negadores de direitos, o Dia Internacional das Mulheres ainda é marcado por muita dor e sofrimento. Não são poucas as mulheres que são violentadas de todas as formas: física, sexual e moralmente e seus opressores e assassinos continuam soltos e livres para novos ataques.
O machismo arraigado no sistema capitalista, é de fato muito cruel e se faz presente inclusive nos pretensos espaços socialistas, como registra a recente historia do Sindicato dos Servidores Municipais de Teresina. Não somos vitimas apenas dos nossos algozes, mas também de homens e mulheres trabalhadoras. Como nos explica o grande educador Paulo Freire, "quando a educação não é libertadora, o oprimido se torna um opressor" e causa uma dor ainda maior "essa dor doeu mais forte!"
Mais do que nunca, é necessário fortalecer a luta feminista, por condições dignas de trabalho e igualdade nas relações; pela garantia de creches e redução da jornada de trabalho; pelo direito à liberdade da mulher decidir sobre seu corpo; por respeito às diferenças dentro dos movimentos sociais.
Essa luta é viva e atual e permanecerá até o dia em que todas as mulheres sejam livres e que a opressão de gênero seja relegada a uma triste história remetida ao passado e que represente apenas o lamentar da deturpação humana. Salve o dia 08 de março! Viva às mulheres livres!
