Cerca de 20 mil pessoas marcharam sobre Brasília no último 24 de abril. Trabalhadores, estudantes, desempregados protestaram contra a política econômica do governo Dilma-PT, que só favorece banqueiros e grandes empresários. O Evento teve como organizadores, dentre outros, a CSP-Conlutas, Intersindical e pequeno setor da CUT. Um fato curioso da mobilização foi a presença do deputado governista Paulinho, que é do PDT, da Força Sindical e um histórico traidor de classe dentro do próprio movimento sindical
Da Redação
Milhares de pessoas marcharam sobre Brasília no último dia 24 de abril. Trabalhadores, inclusive do campo, estudantes, desempregados, todos protestaram contra a política do governo Dilma, que só favorece grandes empresários e banqueiros. CSP-Conlutas, Intersindical, pequeno setor da CUT, dentre outros, estiverem entre os organizadores da mobilização.
Principais bandeiras
A Marcha teve como eixo a luta contra o Acordo Coletivo Especial - ACE -, projeto do governo federal que visa flexibilizar direitos trabalhistas para promover ainda mais arrocho à classe trabalhadora. O Piso Nacional do Magistério, a luta por moradia e reforma agrária também estiveram na ordem do dia. Outro ponto importante é a exigência que se anule a Reforma da Previdência de 2003, que foi comprada com o mensalão e taxou os inativos e atacou a aposentadoria especial dos professores. "O fim do fator previdenciário sem a aplicação da fórmula 85/95, que também prejudica as aposentadorias" foi outra pauta de destaque.
Fora Feliciano
Outro ponto alto da Marcha foi o pedido de afastamento imediato do deputado Feliciano da Comissão de Direitos Humanos e Minorias. Um beijaço marcou os protestos contra esse parlamentar claramente homofóbico e racista.
Paulinho da Força Sindical por quê?
Em meio ao brilhantismo da Marcha, no entanto, um fato chamou a atenção de milhares de manifestantes: a presença do deputado governista Paulinho, da Força Sindical e PDT. "É no mínimo uma contradição dos organizadores do ato, em particular CSP-Conlutas, Intersindical, PSTU e PSOL. Após caminhar tanto ter que ouvir esse deputado governista, histórico inimigo dos trabalhadores... Isso gera desconfiança em milhares de pessoas honestas que para cá vieram", desabafa a professora Albetisa Moreira, dirigente do Sindserm-Teresina-Pi.
Mas, no geral, a Marcha representa uma vitória da classe trabalhadora e dos movimentos sociais que se opõem ao governo Dilma pela esquerda no país.
