Lucros dos banqueiros cresceram muito nos governos Lula e Dilma

27/09/2011 15:28

O sistema financeiro obteve 500% de lucratividade nos dois mandatos de Lula (de R$ 34 bilhões, nos dois governos de FHC, para R$ 170 bilhões nos de Lula) enquanto a categoria dos bancários obteve 56% de reajuste. Os bancários percebem a realidade de crescimento econômico e dos altíssimos lucros dos bancos e tem feito fortes movimentos grevistas nos últimos anos.

Neste 1° semestre, todos os bancos continuam a bater recordes. O Bradesco anunciou R$ 5,4 bilhões de lucro superando em 21,7% do mesmo período do ano passado. O Banco do Brasil, R$6,2 bilhões, a Caixa Econômica Federal R$1,7 bilhões, o Itaú Unibanco R$ 7,1 bilhões e o Santander R$ 4,1 bilhões (25% do seu lucro mundial). E esta tendência se mantém. O crédito bancário subiu para R$ 1,85 trilhão, diz o Banco Central, com um volume total atingindo 47,3% do PIB. Estes dados se contrastam com as perdas de 98,62% na Caixa Econômica Federal, 86,68% no Banco do Brasil e 26% nos privados e um piso de R$ 1.140,00 nos privados e R$1.600,00 nos públicos.

Reivindicações
Os salários dos bancários precisam ser valorizados com a reposição das perdas, piso do Dieese e PLR (Participação dos Lucros e Resultados) de 25% dos lucros linear para todos.

Outro aspecto da campanha é o combate ao assédio moral. O ritmo e a pressão por metas são generalizados, tornando os problemas psíquicos juntamente com a LER-DORT, as principais doenças profissionais na categoria.

As pautas específicas também serão parte fundamental da campanha: a luta por 6 horas e o PCS (Plano de Cargos e Salários) no Banco do Brasil, a isonomia de direitos na Caixa Econômica Federal e a estabilidade nos bancos privados que vêem seus empregados sumirem por conta das fusões e dos cortes administrativos.

Contra o governismo
Infelizmente, a postura do Planalto Central não deve mudar o apoio irrestrito da Confederação dos Bancários –Contraf-CUT, ao governo. Ao rebaixar a reivindicação em 12% de reposição (inflação e “aumento real”) e não ter mobilizado a categoria até agora sinalizam que vão buscar saídas com proposta rebaixada e algum “avanço” que não implique em grandes custos para os bancos e o governo.

Por isso, a intervenção do MNOB é lutar contra a política dos sindicalistas governistas que querem convencer os trabalhadores a rebaixar suas expectativas. Vamos exigir destas direções que rompam com o governo Dilma e lutem contra os patrões e o governo em defesa das reivindicações dos trabalhadores.

A greve é o momento para isso.

(Com informações do Jornal Opinião Socialista)

 

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