Grécia discute corte de 30% dos funcionários públicos do país

04/10/2011 15:02

A crise econômica mundial, decorrente dos ciclos capitalistas de ascensos e depressões, continua a afligir a Europa. Como é de costume, quando os grandes capitalistas veem suas taxas de lucro cair, a primeira coisa que fazem é atacar conquistas da classe trabalhadora e o setor público. Em reunião realizada domingo último (2/10), o governo grego anunciou intenção de cortar 30% do funcionalismo estatal. Veja matéria abaixo publicada no Correio do Brasil no último dia 2 (domingo):

O primeiro-ministro grego, Georges Papandreou, convocou uma reunião extraordinária do Conselho de Ministros para aprovar a redução de 30% do número de funcionários públicos e o Orçamento para 2012, com corte nas despesas do Estado grego. A reunião começou às 15h deste domingo (horário local) e era considerada crucial pelos meios de comunicação, pois são esperadas decisões sobre as medidas de ajustamento.

A reunião ocorre depois de uma semana de negociações entre as autoridades gregas e a troika, composta por especialistas da Comissão Europeia, do Fundo Monetário Internacional e do Banco Central Europeu. Segundo um comunicado dos líderes da troika, o aporte de 8 bilhões de euros, para que o país consiga saldar os compromissos financeiros, depende de decisão dos parceiros da zona do euro, na reunião marcada para 13 de outubro.

Em uma entrevista publicada dia 2 (domingo) no jornal grego To Vima, o ministro das Finanças, Evangelos Venizelos, disse que esse apoio “está assegurado”. Segundo a televisão Mega, citada pela agência Efe, da Espanha, o acordo entre a troika e o governo inclui que “passem à reserva (sejam aposentados)” os funcionários públicos com mais de 60 anos, o que equivale, na prática, a uma reforma antecipada. Do total de 900 mil funcionários públicos, cerca de 43 mil encontram-se nessa categoria, segundo dados oficiais relativos ao ano passado.

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