Governo cancela repasse de escolas e início do período letivo está inviabilizado no Piauí

15/01/2014 13:33

O governador do Piauí, Wilson Martins, e seu Secretário de Educação, deputado federal Átila Lira, ambos do PSB, cancelaram desde setembro de 2013 os repasses financeiros mensais para as escolas da Rede Estadual, cerca de 800 estabelecimentos de ensino. Quantias, pequenas diga-se de passagem, variam entre 300 a 1500 reais, e mal dão para cobrir algumas despesas, como limpeza de prédio e compra de material de expediente. Os pinceis para os professores ministrarem aulas, por exemplo, são adquiridos com esses recursos. Calote inviabiliza o início do ano letivo, que estava previsto para o final deste mês de janeiro

Da Redação

Início do período letivo está inviabilizado na Rede Estadual de Educação Básica do Piauí. O governador Wilson Martins e seu secretário Átila Lira, os dois do PSB, cancelaram, desde setembro de 2013, os repasses mensais para as escolas, cerca de oitocentas. Milhares de alunos e profissionais do magistério estão prejudicados. É com esses pequenos repasses, vindos de um Programa chamado "PACTUE", que as direções dos estabelecimentos de ensino cobrem algumas despesas, como limpeza de prédio e compra de material de expediente. Os pinceis para os professores ministrarem aulas, por exemplo, são adquiridos com esses recursos. Calote inviabiliza totalmente o início do ano letivo de 2014, que estava previsto para o final deste mês de janeiro.

Educadores denunciam e dizem quem ninguém pode pactuar com esse tipo de política
Vários educadores têm procurado o Dever de Classe para denunciar essa situação. "Ninguém pode pactuar com esse calote. Sem o dinheiro das escolas, período letivo não pode iniciar", declara a professora Albetisa Moreira. As professoras Ana Brito e Lourdes Melo (fotos) perguntam: "Cadê o dinheiro das escolas? Para onde foram os recursos do Programa Pactue?". O descontentamento é geral, principalmente entre as direções de escolas.
 
"Explicações"

A SEDUC-Pi, como sempre, não leva esse tipo de questão a sério. Eudina Rocha (foto), Diretora da Unidade de Gestão e Inspeção Escolar declarou, em dezembro de 2013, que "o atraso desses repasses não compromete o funcionamento das escolas". Clique e leia. Isto é de uma irresponsabilidade e descaso comuns só a governos como esse do sr. Wilson Martins. Como a comunidade escolar vai, por exemplo, iniciar o ano letivo se sequer há dinheiro para a limpeza habitual das escolas? O Ministério Público deve intervir e exigir que o governo devolva imediatamente todo o dinheiro dos estabelecimentos de ensino.

Neste sentido, o Dever de Classe exige também que esses repasses se normalizem, inclusive com o pagamento imediato de tudo o que estiver em atraso. Do contrário, não haverá de fato qualquer condição de iniciar o período letivo na data prevista.

O Sinte-Pi não se posiciona de forma contundente sobre essa questão.

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