Golpe: FHC quer renúncia de Dilma, fim de direitos trabalhistas e aumento da idade mínima para aposentadoria

02/11/2015 21:03

"Ou se volta a discutir a idade mínima de aposentadoria, ou as contas da Previdência, que já não fecham, apresentarão déficits crescentes e insustentáveis"

Da Redação

Em artigo publicado ontem no Estadão (01.11), intitulado "Por uma agenda nacional", o ex-presidente FHC volta a apelar a que a presidenta Dilma renuncie ou seja afastada do cargo através de impeachment. Segundo o "príncipe dos sociólogos" (sem autoestima), Dilma precisa sair para que se implemente no país essa sua " nova" agenda nacional. E essa "nova" agenda nacional do ex-presidente, fique logo precavido, é pautada no aumento da idade mínima para a aposentadoria e na desregulamentação (leia-se fim) de direitos trabalhistas contidos na CLT.

O "príncipe" arrota, com toda a sua empáfia: "Ou se volta a discutir a idade mínima de aposentadoria, ou as contas da Previdência, que já não fecham, apresentarão déficits crescentes e insustentáveis". Ou seja, para o Dr. FHC, os idosos são os responsáveis pela "quebra" da "Previdência. E logo ele, que se aposentou aos 38 anos e, como presidente da república, fez todo tipo de saques e desvios nas contas da Previdência para honrar pagamentos de juros da agiotagem da famosa dívida pública, em particular para beneficiar especuladores financeiros internacionais.

FHC diz também que é preciso, na prática, mexer nos direitos trabalhistas, ou seja, cortá-los, para que o "país se equilibre. Usa até o nome do Sindicato dos Metalúrgicos de São Bernardo para isso.Veja: "Por que não voltamos à proposta (...) que aceita as negociações entre sindicatos (e patrões) mesmo a despeito do legislado, sem que se altere os itens constitucionais da CLT? 

O "príncipe", com tal artimanha, quer a CLT apenas como figura decorativa, pois, na hora da "negociação", vale passar por cima do legislado, isto é, do texto da mesma. Com isso, 13º salário, férias remuneradas, multa em caso de demissão involuntária... Tudo passa a ser negociado. Ou seja, é voltar a antes de 1943, quando Getúlio Vargas criou a Consolidação das Leis Trabalhistas. Uma "nova" Agenda Nacional e tanto.

FHC critica ainda em seu artigo as "políticas públicas benéficas para certos setores" (Bolsa-Família, por exemplo). Alega que "isso endivida o país". Mas não toca no dinheiro que o próprio governo Dilma retira todo mês da população para dar a banqueiros, igualmente por causa da agiotagem da dívida pública, tal qual ele também fez à época em que foi presidente.

O "mestre" diz por fim em seu artigo que "é preciso parar de expandir o crédito, isto é, deixar de incentivar o consumo dos mais pobres. Isto endivida o país, "argumenta".

Essa "nova" tal agenda nacional de FHC é, na prática, a velha saída neoliberal, sempre defendida pelos tucanos. Para eles, os direitos trabalhistas são incompatíveis com a "modernidade" e setores mais pobres da população não podem ter, por exemplo, um carro ou acesso a bens como eletroeletrônicos etc.

Em síntese: FHC e essa sua "nova" agenda nacional não passam de duas belas bostas.

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