França pega fogo contra o mesmo modelo de reforma trabalhista que Temer quer impor ao Brasil

27/05/2016 06:14

Da Redação

Os franceses continuam em pé de guerra contra a reforma que o presidente François Hollande quer aplicar para retirar direitos dos trabalhadores e favorecer os grandes interesses empresariais. Greve no país se intensificou nesta quinta-feira (26.05) e atinge setores estratégicos para qualquer nação, como usinas que garantem o fornecimento elétrico e refinarias e depósitos de petróleo. 

"A França virou um inferno", diz Marjorie Blanche, advogada que há vários dias espera numa longa fila para abastecer seu carro em um posto de gasolina. O movimento tem a participação de muitos sindicatos, estudantes e é coordenado pela CGT e outras organizações, como FO e Solidaires.

A revolta dos franceses não é sem razão. A reforma que Hollande quer impor via Decreto é um presente aos empresários, pois flexibiliza as condições de contratação, facilita as demissões, aumenta as jornadas de trabalho e destrói a negociação coletiva. Ou seja, Hollande quer que os trabalhores andem para trás.

Tal projeto do governo francês é o mesmo que o presidente golpista Michel Temer quer empurrar goela abaixo dos trabalhadores brasileiros. A chamada 'flexibilização trabalhista', projeto inicial do governo FHC, ataca os direitos contidos na CLT, pois retira o rigor da lei e permite que 13° salário, férias, FGTS, multa em caso de demissão sem justa causa... Tudo seja negociado, como se fossem meras propostas e não direitos já consolidados da classe trabalhadora.

Diante das fortes mobilizações, o governo Hollande já fala em recuar do seu projeto anti povo na França. No Brasil, é preciso que os trabalhadores sigam esse exemplo, saiam também às ruas e ponham o golpista Temer para fora da presidência, para que se enterre qualquer possibilidade de retrocessos na legislação trabalhista do país.

Com informações de: France Presse e Esquerda Diário

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