Fora Cabral, Paes e a violência contra professores no Rio

03/10/2013 07:17

As cenas de terror policial contra professores no Rio de Janeiro, a mando de Sérgio Cabral e Eduardo Paes, os dois do PMDB, expressam na verdade o caos por que passa a educação pública em todo o país, marcada por escolas sucateadas, roubo de recursos da área e salários muito baixos. É preciso expulsar os criminosos Cabral e Paes do poder público, acabar com a violência contra os professores e atender ao que estes ora reivindicam

Da Redação

Polícia, bombas, gás lacrimogêneo, cassetetes, socos, chutes, pontapés, balas de borracha e até ameaças de tiro com armas de grosso calibre. É esse o absurdo ambiente que os professores em greve, do Rio de Janeiro, têm que enfrentar, algo que assusta, comove e indigna pessoas em todo o país e várias partes do mundo. As razões: os docentes reivindicam direitos básicos e lutam para não ter suas carreiras ainda mais rebaixadas. Os inimigos diretos: o governador Sérgio Cabral e o prefeito da capital, Eduardo Paes, ambos do PMDB. Esse quadro atual do Rio expressa, na verdade, o caos por que passa a educação pública em todo o país, onde a maioria das escolas está sucateada, há roubos de recursos da área e os docentes recebem salários baixíssimos. É preciso expulsar Cabral e Paes do poder público, acabar com a violência contra os professores e atender ao que estes ora reivindicam.

Farra com o dinheiro público e arrocho para a maioria

Toda a violência física e moral autorizada por Cabral e Paz contra os professores no Rio tem um objetivo maior só: manter com unhas e dentes privilégios materiais para si e aliados, através do controle quase absoluto do dinheiro público, inclusive da própria educação. Só um pequeno exemplo. O Orçamento 2013 aprovado para a prefeitura do Rio é de R$ 23,5 bilhões. O gabinete do prefeito fica com cerca de R$ 50 milhões, perto de 4 milhões/mês. Mesmo supondo que só neste gabinete tenham 200 assessores, e que as despesas/mês com manutenção sejam R$ 2 milhões,  cada um abocanha ainda aproximadamente R$ 20 mil mensais. No imundo Plano de Carreira imposto por Paes e vereadores vendidos, um professor com pós-doutorado, 40 horas semanais e mais de 25 anos de serviço é para receber... R$ 6.349,78! Clique

 
Governo Dilma é o pior exemplo de desrespeito à educação pública

Mas Sérgio Cabral e Eduardo Paes, embora tenham angariado o ódio de todo o país, não são os maiores inimigos da educação pública brasileira, até pela questão do espaço político que ocupam em relação à totalidade do território nacional. O governo Dilma, aliado dessa dupla de dois picaretas, é quem coordena os maltratos aos educadores. A exemplo de Lula, todo ano edita Parecer rebaixando o Piso Nacional do Magistério. Este ano, já entrou em contato com 27 governadores para reduzir o percentual de reajuste desse Piso de 19% para cerca de 7%. E o mais grave: na Previsão do Orçamento Geral da União para 2014 destina 42,42% apenas para pagar juros da dívida pública junto a agiotas, mais de um trilhão de reais. Já para a Educação, apenas 3,44% desse mesmo Orçamento. É a velha política de anos anteriores, algo que leva a educação pública, estudantes e profissionais do magistério ao caos, tal como o que ora ocore no Rio.

É preciso que, a exemplo do Sepe, todos os trabalhadores em educação se levantem contra o arrocho implantado por governos em todo o país, que visam massacrar os profissionais da educação.

Fora Cabral, Paes e a violência contra os professores do Rio. Pelo imediato atendimento de todas as reivindicações dos profissionais do magistério.  

Envie e-mail

by FeedBurner