Da Redação Imagem: Agência Brasil
Em entrevista ao programa "É Notícia", o ex-presidente Fernando Henrique Cardoso defendeu que o atual salário mínimo brasileiro está muito alto em relação à produtividade do país. Ou seja, para o ex-presidente é preciso rebaixar a fórmula que reajusta o mínimo acima da inflação e, na prática arrochar ainda mais os trabalhadores.
FHC, na verdade, critica o mecanismo de reajuste do mínimo criado por Lula e mantido também nos governos Dilma. Antes de Lula e Dilma (eras FHC para trás), o salário mínimo era reajustado com base apenas na inflação oficial do ano anterior. Os petistas acrescentaram a esse índice inflacionário o percentual de crescimento do PIB de dois anos antes. Ou seja, deram um ganho real (embora muito baixo) ao salário mínimo no Brasil, que passou a ser reajustado acima da infação.
Para o ex-presidente FHC, "o país precisa resolver logo esse problema. Os trabalhadores de salário mínimo não podem ganhar acima da inflação porque isso cria problema e quebra o país", argumenta. FHC chega inclusive a dizer que se Aécio Neves tivesse sido eleito, os reajustes do salário mínimo seriam revistos para baixo.
O que esse moço não toca, no entanto, é nos escandalosos lucros dos grandes empresários e banqueiros. E também no festival de mordomias e dinheiro público usado todo dia no país para sustentar políticos profissioinais como ele, que se aposentou inclusive aos trinta e oito anos de idade. Isto é que quebra o país. E não os já minguados reajustes do salário mínimo que ele agora propõe rebaixar ainda mais.
Nessa mesma entrevista, FHC faz também insinuações de que é preciso cortar despesas obrigatórias com saúde e educação públicas. Refere-se, na verdade, aos índices constituicionais que a União, estados e municípios devem aplicar nesses setores. Ou seja, o ex-presidente quer menos dinheiro onde o povo pobre mais precisa. E tudo para o país não quebrar. Pode? Esse demente precisa ser internado imediatamente!
Confira a entrevista do ex-presidente na madrugada de segunda (9) para terça, à 0h30, na RedeTV, no programa "É notícia".
