Educadores de Minas Gerais iniciam greve de fome

20/09/2011 15:56

Dois educadores da rede estadual de ensino, membros da diretoria estadual do Sind-UTE/MG, entre eles, uma diretora da CNTE, iniciaram ontem, 19, às 16h30, uma greve de fome por tempo indeterminado. 

Os educadores, Abdon Geraldo Guimarães, diretor da sub-sede do SIND-UTE em Varginha e Marilda de Abreu Araújo, secretária de finanças do SIND-UTE e secretária de Organização da CNTE, estão alojados na Assembleia Legislativa de Minas Gerais (ALMG), na porta do gabinete do 1º secretário da Mesa da ALMG, deputado Dilzon Melo, e vão permanecer em greve de fome até que seja estabelecido um processo de negociação com o Governo do Estado, com vistas ao pagamento do Piso Salarial.  

Hoje, os educadores/as se reúnem, a partir das 9h30, na Assembleia Legislativa de Minas Gerais, com o deputado Luiz Humberto Carneiro (PSDB), líder do Governo na ALMG. O objetivo é discutir o cumprimento da lei 11.738, que regulamenta o Piso Salarial Profissional Nacional (PSPN), e a necessidade de reabertura de diálogo por parte do Governo. No mesmo dia a categoria, coordenada pelo Sind-UTE/MG, promove Assembleia Estadual, a partir das 13 horas, no pátio da ALMG.

Intermediação – A última semana foi marcada por acontecimentos importantes. A categoria conseguiu viabilizar reuniões com o ministro da Educação, Fernando Haddad, e a presidenta Dilma Roussef.  As reuniões aconteceram respectivamente nos dias 14 e 16/9. A primeira em Brasília e a segunda na Base Aérea da Pampulha, em Belo Horizonte.

Nesses encontros, ambos se comprometeram a intermediar diálogo entre Governo do Estado e Sindicato para por fim a greve. Dilma Roussef e Fernando Haddad receberam do Sind-UTE/MG um dossiê que mostra a realidade da educação mineira. A coordenadora-geral do Sind-UTE/MG, Beatriz Cerqueira, disse que é fundamental que a União estabeleça uma política nacional do cumprimento do Piso Salarial. “Entendemos tratar-se de uma tarefa do governo nacional, pois diz respeito ao cumprimento de uma lei federal.”

Reivindicação – Os trabalhadores/as reivindicam o Piso Salariais, conforme estabelece a Lei Federal 11.738.  Minas Gerais paga hoje o Piso de R$ 369,00 que, de acordo com relatório da CNTE, é o pior Piso dentre os 27 estados brasileiros.

A CNTE publicou uma Moção de Apoio à greve dos educadores de MG que já dura mais de 100 dias e pede que o governo inicie um diálogo com a categoria. 

(CNTE, com informações da Assessoria de Comunicação do SIND-UTE/MG, 20/09/11)

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