Educação continua mal no Brasil, aponta Parecer do TCU

31/05/2013 09:01
Parecer prévio do Tribunal de Contas da União para o exercício 2012 na Educação brasileira apresenta dados demonstrativos de que a Educação continua muito mal no Brasil, ao contrário das propagandas do governo Dilma. Pelos informes apresentados em relação ao IDEB do Ensino Médio, apenas "em 2057 o país alcançaria a média 6,0, equivalente à dos países da Organização para Cooperação e o Desenvolvimento Econômico - OCDE"
Da Redação

Parecer prévio do Tribunal de Contas da União - TCU - referente ao exercício 2012 no setor educacional no Brasil traz alguns números demonstrativos de que a Educação continua muito mal no País. Tais dados contrastam com as propagandas oficiais do governo Dilma nessa área e do seu ministro Mercadante (foto), que tentam mostrar uma realidade bem diferente.

Em relação à educação infantil (crianças de quatro a cinco anos), o documento, cujo relator é o ministro José Jorge, diz que a taxa de escolarização ano 2011 foi de 77,4%, percentual distante dos 96% previstos para 2016. Segundo Relatório lançado em agosto de 2012 pelo Fundo das Nações Unidas para a Infância - Unicef, há ainda 1.419.981 crianças nessa faixa etária fora da escola no Brasil.

Em relação ao IDEB - Índice de Desenvolvimento da Educação Básica, alguns números apresentados pelo TCU chegam também a ser alarmantes. A média para a rede pública do Ensino Fundamental, em 2011, é de apenas 5,1. E alguns estados apresentaram valores vergonhosos entre 3,4 e 3,9 (estes agrupados na região Nordeste). Se levarmos em consideração que a média mínima obrigatória na educação básica no Brasil para um estudante de escola pública passar de ano é 6,0, isto significa que, de conjunto, a rede pública do ensino fundamental está literalmente reprovada.

Números insatisfatórios e vergonhosos também se aplicam ao IDEB do Ensino Médio. Dos 15 aos 17 anos, o Parecer mostra que há uma estagnação no valor de 3,7. "Neste ritmo, o País apenas alcançaria a média 6,0, equivalente a dos países da Organização para Cooperação e o Desenvolvimento Econômico (OCDE), em 2057", comenta o próprio relator José Jorge. Sem comentários.

No Ensino Superior, o TCU aponta também várias distorções. As regiões Sudeste, Sul e Centro-Oeste concentram 75% das instituições, sendo 48% na região Sudeste. "Enquanto São Paulo tem 46 vagas por mil habitantes, estados como Alagoas, Ceará, Pará, e Maranhão têm menos de 10 vagas por mil habitantes, situação essa que evidencia a desigualdade das regiões menos desenvolvidas", afirma o relator.

Para um País que se diz a "sexta economia mundial", esses dados do TCU dão uma pequena demonstração sobre para que e para quem Dilma, PT e todos os seus aliados governam. A realidade continua outra.

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