Que a maioria atual que domina a Câmara dos Deputados no Brasil é uma, com o perdão da palavra, merda, todo mundo já sabe. Mas também não precisa avacalhar tanto. Eduardo Cunha tem que ser cassado. E preso. Para o bem até da própria burguesia
Por Célio Almeida, Belo Horizonte, via e-mail Imagem: Gustavo Lima / Câmara dos Deputados
O parlamento burguês, tal como o nome indica, é apenas um lugar onde, no geral, se trata de interesses de meia dúzia de grandes capitalistas que sempre elegem a ampla maioria de deputados e senadores. É assim historicamente no Brasil ou em qualquer outro país. Aqui e acolá a esquerda consegue penetrar, mas sempre em minoria, o que não permite que se avance de forma objetiva, por exemplo, em conquistas para os trabalhadores.
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No entanto, no caso do Brasil, não se tem notícia de um presidente da Câmara dos Deputados tão reacionário, falso moralista, golpista, grosseiro e chantagista como Eduardo Cunha. Não à toa, Ciro Gomes o qualifica como achacador.
Cunha desmoraliza ainda mais o já desmoralizado parlamento burguês. Ele manobra para aprovar projetos escusos de seu interesse e de cupinchas que o bajulam, como no caso das terceirizações e da redução da maioridade penal. Ameaça adversários. Desdenha de homossexuais e de pobres.
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De tão grotesco e cínico, essa figura abjeta chega ao ponto de articular golpe contra Dilma e o PT sob a alegação de que são corruptos. Logo ele, que está até o pescoço envolvido em uma série de escândalos de roubalheiras de dinheiro público, inclusive em outros países.
Que a maioria atual que domina a Câmara dos Deputados no Brasil é uma, com o perdão da palavra, merda, todo mundo já sabe. Mas também não precisa avacalhar tanto. Eduardo Cunha tem que ser cassado. E preso. Para o bem até da própria burguesia.
