Dilma e o PT têm que parar de ajudar os golpistas a derrubar o próprio governo

24/07/2015 12:00

Para abortar o golpe, é preciso que Dilma e o PT deem um giro radical à esquerda e rompam com as políticas de arrocho contra o povo ditadas pelos próprios golpistas

Da Redação

É cada vez mais frágil o governo da presidente Dilma. E não é para menos. As medidas de arrocho que adota empurra de forma acelerada parcelas crescentes da população para os discursos e braços dos gopistas, sejam eles do PSDB ou mesmo de fascistas como Bolsonaro, Eduardo Cunha e Caiado.

Dilma e o PT, de forma clara, dão provas de que não acreditam mais na força das mobilizações dos trabalhadores. Por conta disso, atacam direitos trabalhistas e promovem arrocho salarial para se curvar aos interesses do PSDB e dos grandes empresários e banqueiros, que controlam o Congresso Nacional e a própria equipe econômica do governo, que tem à frente o tucano Joaquim Levy.

Assim, o fim prematuro do segundo mandato de Dilma se configura como algo cada vez mais real. Quanto mais ela adota as políticas direitistas e anti sociais do PSDB e Cia (para ver se os enquadra), mais o povo se fasta de seu governo. E é isto, precisamente, o principal e óbvio combustível que move os golpistas.  É a história que atesta que nenhum golpe como o que estão a promover contra Dilma prospera se a maioria da população não estiver contrária à continuidade do governo, seja ele qual for. Os escândalos na Petrobrás funcionam apenas como um elemento a mais nessa tramóia. Mas é secundário, até mesmo porque os golpistas sabem que se houvesse mesmo seriedade nas investigações, todos eles seriam presos também.

Para abortar o golpe, portanto, é preciso que Dilma e o PT deem um giro radical à esquerda e rompam com as políticas de arrocho contra o povo ditadas pelos próprios golpistas. Em primeiro lugar têm que destituir o ministro tucano Levy e todos os demais que, como ele, defendem e aplicam as políticas econômicas e anti trabalhistas que o PSDB defendeu nas eleições e que o povo, por maioria, rejeitou. 

É preciso, na prática, parar de pagar os agiotas da dívida pública, aumentar o salário mínimo pelo menos para o Piso do Dieese, congelar preços e iniciar um processo de estatização a partir da Educação e Saúde, bem como desprivatizar todas as empresas que FHC e o PSDB doaram aos grandes especuladores, em particular os internacionais.

Nessa linha, é necessário também anular imediatamente todos os ataques a direitos históricos dos trabalhadores, como os relativos à redução salarial, seguro-desemprego, pensão das viúvas, abono salarial, PIS etc., etc., etc. 

Fora disso, a nosso ver, tudo é ilusão. À Dilma, Luta e ao PT não resta outra saída a não ser, reiteramos, revogar todas as medidas anti povo que adotaram e parar de atender às pressões dos gopistas. Isto, simples assim, deixará (os golpistas) sem discurso e o mandato conquistado nas urnas pela presidente poderá ser respeitado e defendido (inclusive nas ruas, se necessário) pela maioria da população.

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