Arrocho e Revolta: Servidores esculacham governador petista em frente ao palácio do governo

27/10/2015 15:12
Da Redação                 Imagem: Arquivos Dever de Classe   

Cerca de dois mil servidores públicos piauienses, da capital e interior, deram uma espécie de esculacho no governador do Piauí Wellington Dias, do PT, em frente ao Palácio de Karnak, sede do governo. A revolta geral é contra o pacote de arrocho editado pelo petista, que propôs elevar tarifas do Iaspi-Saúde e Plamta (15% cada), e ainda criar nova tarifa de 50% em relação ao primeiro. O movimento foi organizado pelo Sinte-Pi, Sindespi, CUT e outros sindicatos.

Desabafos

"É um abuso, querem meter a mão no bolso do trabalhador", denuncia a sindicalista Maria da Trindade Ribeiro, do Sindespi. O professor Evandro Santos (foto) vai na mesma linha e diz que "é uma medida irresponsável do governador, porque ele sabe que a classe trabalhadora está sofrendo muito com a crise atual. Ele quer é nos expulsar do Plamta para que a gente vá para um plano privado ou para a fila do SUS", destacou. 

E a professora Maria Moura, por sua vez, cantou uma de suas já tradicionais paródias, com destaque para o trecho: "É um horror, o que se tem feito com essa grande nação, principalmente agora com o petrolão, e que levou nosso dinheiro até no cuecão"

Denúncia de corrupção envolve o atual ministro da saúde

O professor Fausto Ripardo deu continuidade ao protesto e fez uma dura fala onde lembrou os rombos ocorridos nos órgãos que cuidam dos planos de saúde dos servidores. Ripardo citou o caso Marcelo Castro (PMDB), atual ministro da saúde, que segundo denúncias de deputados e da mídia durante reeleição do governo Mão Santa (1998) teria desviado R$ 10 milhões do Plamta. E Flávio Nogueira, que também estaria envolvido em desvios de mais de R$ 100 milhões desse órgão.

Recuo ou bode?

Após as pressões, o governo apresentou uma "nova" proposta. No caso do Plamta, reajuste diferenciado para dependentes diretos de 13,6%, e para dependentes de 3º e 4º graus, 17%. Já a Co-participação em Urgência e Emergência caiu de 50% para 30%. 

Na verdade, trata-se de um bode. A meta era chegar a esses percentuais que agora apresenta como novos. Os servidores decidiram por unanimidade continuar as mobilizações e podem inclusive entrar em greve geral por tempo indeterminado.

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