Um pouco do pouco, que ainda resta de nós

22/07/2015 20:09
Por Renato Uchôa (Educador)

Para os livros de história. Os de trancoso também. Paciência tem limite. Parcela da população que sempre fez, e faz turismo todos os anos na Europa... Hotéis de luxo. O vinho francês no cuspe. Do chão exala... Entre uma e outra viagem, aqui no Brasil aproveita pra escarrar nas camadas subalternas. Coleira de prata na procissão dos emergentes. São milhões, ascenderam e acendem o fogo agora para queimar a democracia. Tocar fogo, inclusive, no período das vidas miseráveis que levavam antes de Lula /Dilma. A peia é eclética. Açoita o lombo, prende os pés, escarro e escárnio de todas as cores do preconceito. Do lado de lá do mundo anda na ponta do pé, espirra para dentro. O beiço sorrir como um cavalo até para o vento. Sabe que a pulseira de ouro, se fizer lá, é substituída na Central de Polícia por uma algema. Não abrem o bico tucano com impropérios. Alguém viu o cabeção por aí? Eu não vi não. Alguém viu o helicóptero dos Perrelas por aí? Eu não vi não. Alguém viu o ministro da justiça por aí? Eu não vi não. Cardozinho é inquilino do Ministério da Justiça por força da Presidenta Dilma. Tem um pouco da culpa em não mandá-lo para São Paulo se juntar a Marta Suplicy. Fica o registro no cartório. O pouco do pouco, que ainda resta em tantos de nós, que estamos enfrentando cotidianamente as investidas das camadas dominantes, contra a legalidade constitucional, perdendo a paciência. Principalmente, depois do fato de um abestalhado dá um chapéu na equipe de segurança da presidenta Dilma e agredi-la. Na conta, o imobilismo geral do governo contra aqueles que querem substituir a democracia pela (Demo)cracia. Os cães irados estão fora dos canis. Estão encastelados em Instituições que deveriam zelar pelo jogo democrático, garantir a Constituição. O que nos diferencia dos países em processos de realocação dos recursos para políticas públicas em função da população é a capacidade de enfrentamento dos governos é os movimentos sociais contra as Elites tradicionalmente subservientes ao capital internacional. Por lá é bateu levou. Que mudou nesses séculos de exploração e miséria, não só do lado de cá, nos outros cantos da América Latina? A gestão de vários Estados/ Países por partidos comprometidos com políticas de inclusão de milhões de americanos do Sul aos mercados consumidores: vestuários, moradia, saúde, educação, eletrodomésticos... É exatamente por conta da perspectiva de democratização que vai se aprofundando na região, portanto, não só no Brasil, que as Elites escancaradamente derramam o ódio diariamente contra os partidos que vem rompendo com a tradição de subserviência aos centros hegemônicos do capitalismo. A foice da língua da intransigência, da exclusão, do desrespeito, cresce proporcionalmente de acordo com o imobilismo do governo e da Direção do PT. Seu Manoel não conhece a Europa, não existe registro que tenha saído por um dia do PI. Morde a cabeça do peixe, lança com precisão a péia de fumo no pé do balcão. E vez por outra, uma lapada da cachaça de marca Mangueira, da Cidade de Castelo do Piauí, onde aconteceu a tragédia contra as estudantes recentemente. Reinato, (é assim que ele me chama), o que houve com o país, as pessoas espiando a gente com os olhos cheios de ódio. O PT ficou manso e mouco. O PT vai nos guardar? Nos proteger?

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