Um fator que muitos concurseiros ignoram e que pode levá-los a se dar mal na classificação geral dos concursos

22/10/2015 09:01
Por Flávia Abreu, concursada da Receita Federal, São Paulo-SP  Imagem: pixabay

Existem milhares de vagas ociosas no serviço público brasileiro. Dados do próprio Ministério do Planejamento (2013) dão conta de que apenas no governo federal há mais de 223 mil postos efetivos desocupados. É óbvio que desse período para cá o governo não preencheu através de concursos públicos nem 10% dos mesmos.

E ha ainda, segundo os diversos sites especializados em concursos, muitas vagas ociosas também nos estados e municípios, bem como nos poderes legislativo e judiciário.

Tal situação leva a que centenas (e até milhares de candidatos), embora bastante preparados, não se classifiquem dentro das vagas oferecidas nos editais dos concursos públicos. Por quê?

É fácil de entender. Em particular nas áreas onde os salários  são mais atrativos, a concorrência quantitava e qualitativa entre os que disputam uma vaga é muito grande. Ou seja, muitos candidatos bem preparados se inscrevem para disputar o mesmo certame. 

Se analisarmos com atenção os resultados, muitas vezes a diferença entre um que ficou dentro das vagas e centenas de outros que ficaram fora é de pouquíssimo pontos, em alguns casos, só de um. Se os gestores disponibilizassem a quantidade real de vagas e não as quantidades que definem do jeito que querem, evidentemente ninguém que ficasse atrás de um candidato por apenas um ponto ou dois teria que esperar mais tempo para ingressar no cargo que disputou ou até mesmo ter que fazer novo concurso.

Por isso, deixo a dica, bastante preciosa, em minha opinião: além de estudar bastante, passem a exigir dos poderes públicos que disponibilizem uma quantidade de vagas que pelo menos se aproxime da real, e não as discrepâncias oferecidas ano após ano.

Neste sentido, cabe acionar o Ministério Público e até apoiar greves do funcionalismo. No geral, os sindicatos sempre colocam como uma das pautas principais de suas reivindicações a ampliação das vagas para os concursos e denúncias sobre a contratação de servidores através de critérios meramente políticos.

Pensem nisso e boa sorte nos estudos!

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