Trabalhadores podem se livrar do Imposto Sindical

23/10/2015 12:09

Só em 2014, essa contribuição obrigatória arrecadou R$ 3,5 bilhões, de acordo com o Fundo de Amparo ao Trabalhador-FAT. "O que se sabe é que ela só serve para financiar burocratas, pelegos e parasitas", desabafa a comerciária Cláudia Benevides

Por Fredson Ibiapina, Belo Horizonte-MG   Foto: pixabay

Os trabalhadores brasileiros podem se livrar do Imposto Sindical. Proposta de emenda à Constituição (PEC 36/2013), de autoria do senador Blairo Maggi, do PR de Mato Grosso, propõe o fim dessa obrigação, que só em 2014 arrecadou R$ 3,5 bilhões, de acordo com o Fundo de Amparo ao Trabalhador.

Reação

Alguns sindicalistas, no entanto, se movimentam para impedir que o projeto do senador Maggi seja aprovado. No site de notícias do senado, eles se manifestam. "Há muita falácia dentro das justificativas dos projetos", disse Daro Marcos Piffer, presidente do Sindicato Nacional dos Servidores do Banco Central. "Essa PEC vai extirpar trabalhadores de sua representatividade", reage por outro lado Miguel Salaberry Filho, da União Geral dos Trabalhadores.

O que fazem com o dinheiro?

Essas reações dos dirigentes sindicais, no entanto, não têm muito eco entre muitos trabalhadores. Para o motorista de ônibus Alexandre Alves, esse imposto não passa de um assalto aos bolsos dos assalariados, pois "é tirado sem o nosso consentimento", destacou. A comerciária Cláudia Benevides, por sua vez, diz que essa contribuição há tempos deveria ter sido extinta, pois "o que se sabe é que ela só serve para financiar burocratas e pelegos e parasitas", desabafa em tom de denúncia.

Proposta alternativa

Segundo o site de notícias do senado, a Central Única dos Trabalhadores tem uma proposta alternativa sobre essa questão. Valeir Earttle, dessa central, defende um modelo de contribuição que "só seria cobrada por ocasião das campanhas salariais conduzidas pelos sindicatos e, somente, se assembleias da categoria aprovassem a cobrança. Assim, o filiado pagaria a contribuição normalmente e o não filiado pagaria se quisesse se beneficiar da negociação coletiva".

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