A regra geral é que apenas 50% dos servidores públicos poderão aderir a greves caso seja aprovado o projeto ditatorial do senador do PSDB
Da Redação Imagem: Agência Brasil
Segundo notícia veiculada no site do senado dia 19.10 (segunda-feira), senadores querem desenterrar o Projeto de Lei do Senado (PLS 710-211), de autoria do Senador Aloysio Nunes (PSDB-SP), que propõe medidas para lá de draconianas para o exercício do direito de greve no serviço público. Iniciativa atinge todas as esferas da União, estados e municípios, nos três poderes. Na prática, tal medida acaba com o direito de greve assegurado até na Constituição de 1988. Ver quadro abaixo. O senador Aloysio Nunes, para quem não lembra, foi vice de Aécio Neves nas eleições presidenciais de 2014. Os dois aparecem abraçados na foto acima.
Esse PLS do senador tucano já foi rejeitado na Comissão de Direitos Humanos do próprio senado, em 2013. Em substituição ao mesmo, foi aprovado o PLS-287/2013, do senador Paulo Paim, do PT do Rio Grande do Sul,
Agora, na Comissão de Constituição e Justiça-CCJ, os tucanos e aliados querem desenterrar o projeto ditatorial de Aloysio Nunes e desconsiderar o do senador petista, que tem um caráter mais democrático de não mexer em direitos já adquiridos. Na CCJ, dos 27 senadores que a compõem, aproximadamente dezoito são pelo ataque ao direito de greve dos trabalhadores. Aécio Neves e José Serra, ambos tucanos, estão na linha de frente dessa política.
Na verdade, o PSDB quer acabar com o direito de greve no serviço público para, depois, estender esse ataque aos trabalhadores do setor privado. E isto porque permanecem com a ideia golpista de assumir a presidência da república mesmo sem terem sido eleitos, para aplicar mais arrocho sobre a população. Eles sabem que certamente o povo reagiria com muitas lutas, inclusive através de greves. Ou seja, eles se prevenir.
É preciso denunciar essa medida golpista contra o direito dos trabalhadores. Nada de aceitar perder conquistas democráticas no país.
