Mariana: FHC e a privatização por trás da tragédia

16/11/2015 08:54

É preciso rever todas as privatizações do governo FHC. Sobretudo em setores estratégicos para a economia e segurança dos trabalhadores, é necessário impedir que tubarões do capitalismo continuem a lucrar em cima da vida e da morte do povo brasileiro

Da Redação

A tragédia em Mariana teve início em 1997, quando o ex-presidente Fernando Henrique Cardoso (PSDB) privatizou de forma escandalosa a Vale do Rio Doce, maior empresa mineradora do mundo. Hoje a Vale tem 50% das ações da Samarco e a BHP os outros 50%.

A Samarco é a proprietária da Mina do Germano, de onde partiu o mar de lama e detritos tóxicos que dizimou a vida de muitas pessoas, animais e comprometeu de forma gravíssima por tempo indefindo a questão ambiental em Mariana e adjacências. Como toda grande empresa capitalista, a Samarco só pensa em ganhar dinheiro em cima do suor alheio. Na verdade, tudo ao contrário do discurso e prática entreguistas de FHC, que alardeou que "a privatização da Vale traria mais desenvolvimento e alegrias aos brasileiros".

Lucros acima da vida

Segundo relatos de trabalhadores pela mídia, horas antes do início da tragédia houve um alerta à empresa de que havia sinais de rachaduras no local. A direção da Samarco, no entanto, deu ordens para que os "trabalhos" seguissem normalmente. Ou seja, prevaleceu a ganância de um ou dois grandes capitalistas em detrimento da vida dos trabalhadores ou mesmo de toda a Mariana.

Punição rigorosa e indenizações às vítimas e seus familiares

É preciso punir com rigor os responsáveis pela tragédia anunciada. A Samarco tem que indenizar todas a vítimas e as famílias das pessoas assassinadas pela irresponsabilidade da empresa. Pimentel (PT), governador de Minas Gerais, e a presidenta Dilma devem estar à frente das exigências quanto a essas questões. 

E para evitar mais tragédias como essa de Mariana, é preciso rever todas as privatizações do governo FHC, lamentavelmente mantidas pelos mandatos de Lula e Dilma. Sobretudo em setores estratégicos para a economia e segurança dos trabalhadores, é necessário impedir que tubarões do capitalismo continuem a lucrar em cima da vida e da morte do povo brasileiro.

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