Governo ataca servidores para nomear milhares de comissionados

22/01/2015 15:54
Da Redação

Desde que pisou novamente os pés no karnak, o governador petista do Piauí, Wellington Dias, tem usado sem pena a caneta para nomear uma enxurrada de novos comissionados, todos aliados seus da última campanha eleitoral. É DAS que não acaba mais. Logo no primeiro dia de "trabalho" (2 de janeiro), uma grande leva de amigos do governador foram agraciados. Não há um dia sequer que o Diário Oficial do Estado não registre essa verdadeira farra com o dinheiro público. É só entrar no site e comprovar.

Para pagar o parasitismo comum da maioria que se beneficia dessas gratificações, Wellington cortou, já a partir de janeiro, uma série de direitos funcionais dos servidores efetivos, o que atinge em cheio todos os setores do executivo estadual. Muitos estão no desespero, vez que contam há muitos anos com essas pequenas vantagens, como por exemplo horas extras e adicionais previstos em lei, como o adicional noturno dos policiais e a gratificação de localidade especial dos professores. Pelo que os porta-vozes do governo anunciam, tudo foi retirado. Segundo setores da mídia no Piauí, 250 mil pessoas foram atingidas pelas medidas.

Para tentar justificar essa verdadeira patifaria contra o funcionalismo, Wellington diz que precisa cumprir a Lei de Responsabilidade Fiscal e fala também em um suposto "rombo" deixado por Moraes Filho (PMBD), seu antecessor. No entanto, só o fato de agraciar milhares de amigos com cargos comissionados já demonstra que quer mesmo é apenas arrochar ainda mais os servidores efetivos com as medidas que tomou. Até porque essa tal lei que tanto diz defender só existe na prática para punir funcionários concursados ou que já adquiriram estabilidade. Os apadrihados de governos nunca são pegos por essa legislação, cujo objetivo maior é fazer caixa com dinheiro público para pagar juros aos agiotas das dívidas públicas no âmbito da União, estados e municípios. Clique e leia. Quanto ao "rombo" deixado por Moraes Filho, Wellington apenas utiliza tal fato para reforçar seus ataques aos servidores. Ele não apresenta nenhuma prova dos ilícitos do ex-governador e na prática passa a ser cúmplice de quaisquer desvios de dinheiro público cometidos.

Os servidores do Piauí não podem aceitar pagar a conta de banqueiros, rombos de ex-governador e mordomias de apadrinhados do governo. Caso Wellington persista com essas medidas, a saída é uma greve geral de todo o funcionalismo.

Diário Oficial do Estado do Piauí: governador petista nomeia amigos sem parar

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