Como pode um governo fechar escolas se, no geral, já existe superlotação de alunos por turma? Com quem Alckimin ou Richa discutiram para querer, na marra, tomar tamanha decisão? Fechar aleatoriamente escola pública é ou não é crime?
Da Redação
O governador Geraldo Alckmin (PSDB) finalmente admitiu: vai fechar noventa e quatro escolas em São Paulo. É o que diz nota da própria Secretaria de Educação desse Estado, datada do último dia 26.10. No Paraná, o governador Beto Richa, também do PSDB, promete fechar outros quarenta estabelecimentos públicos de ensino. É o que diz a mídia desse Estado e outras Brasil afora.
No caso de São Paulo, estima-se que "mais de 310 mil alunos serão transferidos compulsoriamente, e 74 mil professores – um terço do total da rede – serão também afetados com redução de jornada e outros transtornos". No Paraná, certamente, as consequências do fechamento de escolas vão também nessa mesma direção.
Ora, como pode um governo fechar escolas se, no geral, já existe superlotação de alunos por turma? Com quem Alckimin ou Richa discutiram para querer, na marra, tomar tamanha decisão? Fechar aleatoriamente escola pública é ou não é crime?
Na verdade, esses dois tomam tais decisões porque querem enxugar o orçamento estadual com os infortúnios da população. Os tucanos sabem que são blindados pela grande imprensa. Por isso, economizam com o fechamento de escolas para ter mais dinheiro e financiar (via liberação de impostos, por exemplo) os grandes empresários de São Paulo e do Paraná, inclusive os da comunicação.
E aos que ora reclamam contra tais medidas, e às muitas manifestações que ocorrerão em 2016 (quando essas políticas poderão se efetivar), Alckmin e Richa mandam suas truculentas polícias negociar com os profissionais da educação, alunos e comunidade em geral. Isto mesmo: usam a polícia como escudo de seus crimes.
Por falar em crime, por que mesmo Sérgio Moro, o paladino da justiça, moral e bons costumes não manda prender Alckmin e Richa?
