Educação, torre de Babel e o partido

25/09/2013 10:01
Por Renato Uchôa, educador

Após a queda da Torre (Supremo), o grupo partidário de Joaquim Barbosa e Gilmar Mendes, o dirigente que soltou o assassino de Dorhoty, banqueiros e estupradores, e acreditava se aproximando do céu, insuflados pelo orgulho no concluio com a mídia, começa a ser enterrado nos escombros. A poeira da queda vai se acomodando. Aos poucos, uma camada considerável da população, com o mínimo discernimento, gostando ou não, vai percebendo além da manipulação diária, o ódio ao PT. Pelos erros ou inúmeros acertos (muito mais). Nutrido diariamente pela imprensa de cor marrom, parceira da quebra da legalidade constitucional.

O Golpe se arrefece, e por uma atitude corajosa de vários ministros, principalmente a argumentação de Celso de Melo. Demonizado, chantageado, acuado, para culpar de qualquer jeito, suprimindo o direito da ampla defesa. Já sepultado durante o julgamento do mensalão. Começa a perceber que Joaquim é perigoso para o regime democrático. Emocionalmente instável, por não ter conhecimentos jurídicos para compor a Suprema Corte, atua como um capitão do mato. Intimida como um delegado truculento, em cela escura e fétida, delegacia qualquer, um culpado ou inocente. Cena que se repete diariamente em todo o Brasil, com as camadas subalternas.

O contraditório, a discussão salutar, o respeito aos colegas do Supremo, jornalistas, outras autoridades; condição humana de sociabilidade foi rasgada durante o julgamento do mensalão, AP 470. Por uma razão muito simples: o grupo de Joaquim politizou o julgamento, partidarizou o que deveria se ater: aos aspectos constitucionais. Assumiram a posição de um partido político para se contrapor ao PT,não aos fatos. Um crime grave, que exige o afastamento sumário da Corte. A inconsistência da acusação na construção dos crimes preconizados, pela ausência de provas, coube a alternativa de construí-las falsamente. Transformando verbas privadas em públicas, o que explica o alijamento de 4(quatro) Auditorias e Relatórios da PF, que negam a utilização de recursos públicos. Eis a questão. Celso Melo coloca com seu posicionamento corajoso, na admissão dos embargos infringentes, o Supremo Tribunal Federal na rota constitucional. A sociedade brasileira, com um novo julgamento, independente dos crimes praticados pelos acusados, que não tiveram direito de defesa ampla, vai agüentar as pontas. Saberá a verdade.Provas excluídas, Auditorias e Relatórios, jogadas na lata de lixo, melhor dizendo, no julgamento paralelo sob o controle e sigilo da tropa de Joaquim, inocentariam vários. Provas em favor dos réus escondidas debaixo das torgas vergonhosas da justiça.

Joaquim foi uma escolha de botequim. Mesmo assim, perdendo ou ganhando, já ganhou. Acredita, como vários vampiros que se lambuzam no sangue de inocentes ou não, contanto que sejam do PT. Renuncia o cargo no Supremo, faz que nem Collor. Em tendo coragem, um novo ditador se aproxima e já muito desgastado pelo conforto dos banheiros suntuosos, preços de casas populares e casa além do mar.

Joaquim é fruto da educação do colonizador, reproduz apenas os interesses das elites dominantes, como milhares que se formam nas Universidades e passam a oprimir as camadas populares. Não obstante o trabalho de vários educadores em função de uma educação para o desvendamento e superação das estruturas de dominação. Preparem a coleira e a focinheira. Quem impede autoritariamente um ministro do Supremo argumentar, imaginem nós dos beiços do mangue, dos rios das ilusões, das cumeeiras das balas perdidas, dos corredores da morte nos hospitais .A sociedade brasileira vai sentir o cheiro de esgoto da AP 470, não tapem o nariz.É pagar e olhar. 

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