Dilma quer acalmar o mercado e se distanciar ainda mais da população

10/11/2014 16:48
Da Redação

Dilma e o PT por muito pouco não perderam as últimas eleições. A vitória muito apertada, no entanto, parece que não fez com que refletissem sobre os motivos reais que levaram Aécio Neves a alcançar mais de 51 milhões de votos, a maioria deles entre desempregados e trabalhadores assalalariados. Embora saibam do enorme desgaste junto a amplas parcelas da população, muitos petistas insistem na tese fictícia de que apenas "a elite e os coxinhas" votaram nos tucanos.

Assim, o invés de dar um giro à esquerda e direcionar a economia para o setor social, Dilma fez foi tomar uma série de medidas que, de forma exaustiva durante sua campanha, denunciou que Aécio é que tomaria, para acalmar o mercado. Ainda em outubro, o Banco Central elevou a taxa de juros de 11% para 11,25%, o que traz como consequência mais grave o aumento dos gastos com a agiotagem da dívida pública, embora já exista no Orçamento da União previsão de que em 2015 R$ 1,35 trilhões serão torrados com essa jogatina. Mais abaixo retornamos a esse tema. E política de juros altos emperra também ainda mais o já rebaixado poder de consumo da maioria do povo, o que aliás é a velha tese dos tucanos para combater a inflação.

Dilma autorizou também aumentos nos preços da gasolina e óleo dieesel, que podem chegar a 5%. Isto, além de repercutir muito mal e de imediato no bolso de milhões de pessoas que utilizam transporte particular movido a algum desses combustíveis, abre as portas para que os grandes empresários elevem ainda mais os preços de tudo, inclusive dos alimentos. Nessa linha, estimula também os donos de transporte coletivo a pressionar os prefeitos para elevar as já elevadíssimas tarifas de ônibus e metrô em todo o país. Assim, como o governo Dilma não tem coragem de congelar preços de nada, o aumento nos derivados do petróleo só prejudica a maioria da população. E só benefia de forma direta os acionistas estrangeiros da Petrobrás.

Mas não é só. O governo anunciou também para 2015 corte no Orçamento da União que pode chegar a R$ 50 bilhões. E tudo para garantir com mais folga o escandaloso pagamento de juros da dívida pública junto aos banqueiros, ao qual nos referimos mais acima. Com isso, diminuem muito os investimentos no setor social, em particular na Saúde e Educação, que tanto Dilma falou na campanha que priorizaria mais.

Para tentar aplicar tais políticas, não à toa Dilma convidou o Trabuco, presidente do Bradesco, para o Ministério da Fazenda. Como ele não aceitou, anda agora atrás do Henrique Meirelles, que já foi diretor do Bank of Boston, deputado federal pelo PSDB e comandou o Banco Central no primeiro mandato de Lula.

Pelo visto, parece que Dilma e o PT não têm jeito mesmo. Querem acalmar o mercado e se distanciar cada vez mais da população.

 

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