Ano letivo pode não iniciar em todo o país caso o Piso do Magistério não seja reajustado
Da Redação
Há uma movimentação nos sindicatos da Educação de todo o país no sentido de não iniciar o ano letivo de 2016 caso o Piso do Magistério não seja reajustado em pelo menos 11,36%, de acordo com cálculos rebaixados do próprio MEC. Esse percentual deve ser incorporado nos contracheques de todos os professores públicos da Educação básica do país logo a partir de primeiro de janeiro, tal como reza a Lei Federal 11.738/2008.
Na contramão da Lei, governadores entregaram ao ministro Aloizio Mercadante uma carta onde pedem que o governo federal decrete reajuste zero no piso enquanto a crise econômica perdurar no país. E os prefeitos querem rebaixar ainda Clique e leia.
Minas Gerais e Piauí apontam o caminho
Em Assembleia Geral realizada pelo Sinte Piauí no último 25.11, os profissionais da educação estadual decidiram não iniciar o ano letivo de 2016 caso o reajuste do Piso Nacional não seja cumprido e também se o governo Welligton Dias-PT não pagar diferenças salariais do pessoal administrativo, estas em torno de 4%. O mesmo caminho é apontado também pelos educadores estaduais de Minas Gerais. Segundo a dirigennte sindical Beatriz da Silva Cerqueira, sem o cumprimento da Lei do Piso "o ano letivo pode não começar".
Os professores devem seguir o exemplo desses dois estados e organizar sim uma greve geral em todo o país em defesa do Piso da categoria. A união de prefeitos e governadores contra esse direito do magistério impõe que se faça também uma luta nacional para assegurar que ele seja cumprido. Não há, em nossa opinião, outra saída.